Comprar ou investir?
Comprar ou investir?
Sempre pensei que investir era coisa de gente com dinheiro e posses, já comprar coisa de pobre... Ledo engano! Com a crise brasileira vejo um povo em plena decadência, lojas fechando, desemprego e inflação, tudo que faz você repensar sua poupança e sobrevida, bem como o “ato de comprar”. Comprar? Não meus amigos, não, não compramos, investimos para a sobrevivência! Comprar remete ao prazer, é um ato saboroso, pouco pensado (de preferência), quase uma terapia! Você sai do trabalho e vê aquele vinho que tanto gosta e compra; sua mulher passa na vitrine e “se encanta” com um sapato (não sei o que é esse encantamento que faz com que a criatura nunca fique feliz com uma unidade e, invariavelmente, o desencantamento acontece em menos de 24 horas... Daí vai à loja trocar e se encanta novamente), uma blusa e uma saia; mas, é o prazer que move o ato. Já investir é coisa a se pensar e repensar terá retorno? Em quanto tempo? O prazer virá depois com o resultado positivo, ou a tristeza de ter colocado o dinheiro no lugar errado. Hoje, caro amigo, tudo mudou... Não se compra mais, se investe! O vinho não entra na sacola sem um comparativo de preços e um remorso na cabeça, não devia ter comprado... Tua mulher tenta não comprar, fica irritada, “segura a onda” e acaba trazendo uma havaiana no lugar do sapato. Viagem? Só para o trabalho ou por ele. Férias? Que medo de voltar e receber o bilhete azul do patrão; por falar em patrão: esse cidadão que corre risco e gera empregos está na rua da amargura, sem crédito, matando um leão por dia para pagar impostos e sustentar o faminto governo de sindicalistas que o detestam!
Então amigos, vamos investir? No pão, no almoço e nos santos; rezar e muito para um dia, quem sabe, você voltar a ter prazer em gastar seu suado dinheirinho e voltar a sonhar com um futuro melhor.