Eu posso não ser o que eu QUISER.

Algumas leituras que por vezes fazem de nós, não têm o menor sentido e estão muito distantes da verdade (que pensamos ou acreditamos ser) sobre o que somos. Mas que mal pode haver ser esse alguém?

A gente, então, tenta ser esse alguém e por um tempo é bom, mas não é a verdade, não é o que somos de fato. Você vai sendo a leitura outrem e na hora de voltar a ser você, você é alguém também da falsa leitura que se tornou real porque agora você é um "nós" desprendido de vc e da limitação que te fizeram. Percebeu toda aquela farsa, mas era tão bom ser a "boa filha" a "namorada maluquinha" a "pessoa engraçada". Era melhor existir no mundo irreal dos outros que não ser alguém importante no mundo real.

Quando chegou o momento do fim, de delimitar que não tem nada mais você se recusa, embora saiba que TUDO o que aconteceu não era nem metade de você no papel principal, mas definir é bem pior que ser aquela possibilidade que te foi proposta....lá no começo, quando alguém começou dizendo que você era louca, engraçada, divertida, e durante um tempo vc foi porque havia ali a possibilidade e a sua livre escolha de não SER.