Vermelhos X Azuis - Tristes tempos... Pobre Brasil
Alguns, iludidos, apoiam o governo duplo, oficialmente exercido pela Srª Presidente (com “E” no final, vez que o neologismo criado pela própria não tem sustentação semântica, gramatical e fonética e só é útil para aqueles que dela dependem para conservarem as suas sinecuras) e, de fato, pelo Sr. Ex-Presidente, sem que nenhum deles exerça efetivamente qualquer ato de governança, limitando-se ambos a jogarem todos os jogos (por mais sórdidos que sejam) para se manterem no Poder.
A ruína no Ensino, na Saúde, na Economia e noutros campos da vida nacional, bem ilustra essa falta de patriotismo, de preocupação republicana e, pior, o profundo desdém com o povo que lhe paga os salários e as mordomias.
Outros, tão iludidos quanto, batem panelas e posam para fotos junto a policiais, esperando que seus amigos admirem-lhes nas “Redes Sociais” e os saúdem como “cidadãos ativos e engajados”. E, pior, alguns se despem de toda decência e urram pela volta da Ditadura Militar, como se fossem crianças mimadas que ao terem as suas vontades contrariadas choram para que a “mamãe Forças Armadas” resolva-lhes as dificuldades. E aqui, haja “valentia”. Atrás da proteção das telas dos computadores, é claro. Esquecem, ou talvez não consigam entender, que “Todo Poder emana do Povo” e é a todo o Povo que cabe corrigir os desvios e não apenas a uma parcela (as Forças Armadas) deste povo.
Tem-se, então, a impressão de se estar em um campeonato esportivo onde os “vermelhos” e os “azuis” disputam um jogo, cujo prêmio será apenas deles mesmos.
Enquanto isso, afastado desse trágico festim e sórdida orgia, fica o Brasil. Espremido em vilas e em filas, como disse Caetano Veloso. Fica o Brasil, igual ao Haiti, como disse Gilberto Gil e o já citado Caetano.
Fica sem emprego, sem saúde, sem educação e, talvez, sem esperança.
Fica o Brasil, com a amarga sensação de que além de banal, o Mal, seja perene.
Esta crônica é dedicada a todos os Servidores Públicos honrados.