Quando o mundo é para dois
Um mundo para nós, onde vivemos face a face, onde compartilhamos espaço; vivenciamos , um convívio tão próximo; movimentos sem mostras de engrenagem, de sincronia, e dividimos alimentos, subordinamos, uma a outra, nossas vidas. Um mundo tão nosso, que alcançávamos a abóboda com nossas mãos; sim, o céu ficava ao alcance, só para nós, que rateávamos, um mundo próprio.
A relação não era tão harmoniosa, esbarrões, chutes, enfim, a divisão do espaço era hostil, como hostil é o mundo, mesmo sendo uma esfera tão particular.
Sociedades assim, de vínculos tão restritos, podem resultar em animosidades, mas nada que possa deviar, definitivamente seus sócios, eles carregam marcas indissolúveis, eles traçaram uma proximidade a ser estendida para todo o tempo de vida, um acordo tácito não admite que sejam apartados, estava escrito no céu, em que podiam tocar.
É revelado que, mesmo mundos particulares se movimentam, um dos seus participantes coloca tudo de pernas para o ar, faz-se rei, é coroado, e nasce, deixando para trás, o irmão sózinho, por 10 minutos, tempo para causar novo rebuliço, mandar, ta tudo para os ares, e, quase que com inveja, nascer, apresentando ao mundo, agora não tão particular, gêmeos univitelinos.