MEMÓRIAS
Hoje, senti o sabor do tempo de menino traquino, menino-menino.
Senti o cheiro da saudade do tempo em que morava na Quintino.
Dos colegas, do jogo de futebol entre duplas, onde a trave era porta da Mascote.
Das casas grandes, altas e como seus porões que tinham enormes olhos gradeados e negros.
Havia um quê de mistério naqueles olhos dos porões, um quê intrigante
Que convidava a todos que por ali passassem a olhá-los bem no fundo.
Senti o sabor do perfume Phebo que de sua fábrica embelezava
Os ares de minha rua; e hoje percebo que também perfumou minha memória.