Mensagens que edificam - 103

Pausar o relógio biológico para olhar para trás sem que algo imprevisto sobrevenha. Já pensou nesta possibilidade? Quem nunca desejou dar um "pause" para consertar um erro do passado? Quem nunca imaginou que a máquina do tempo pudesse ser real? O detalhe é que como já cantava o Cazuza, o tempo não pára. O tempo não espera, e seja qual for a situação os ponteiros não dão trégua, e num descuido um metro se transforma numa légua. Não dá para expô-lo num papel e delimitá-lo com uma régua. O grande desafio da humanidade é inventar uma maneira de domar os dias, os meses, os anos, mas se assim o fosse não seríamos humanos. Na hipótese de sermos deuses certamente esta seria uma causa resolvida, mas se nem a própria definição de divindade é bem definida, percebe-se o amanhecer, o meio-dia e o ocaso da vida. Todavia se não sou dotado de um poder trasladativo consciente, sei que num inconsciente ou num subconsciente essa ideia é mais consistente, prova é que posso sentir saudades de lugares onde pressupostamente nunca estive, como também posso reencontrar pessoas que eu nunca vi. Estaria com isso endossando uma possível reencarnação, ou simplesmente conjecturando nossa capacidade cognitiva tão mal explicada ou tão pobremente descrita? A minha potencialidade não pode ser minimizada em complexos ortodoxos e fiéis a cartilhas que me tornam pequeno e sempre vulnerável a um comando, onde o desmando pode ser interpretado como o sacrossanto e onde o "emburrecimento" se confunde com um entorpecimento da essência, ou se você preferir, da alma e do espírito. É uma busca que nunca termina, é uma volta de onde aparentemente nunca fomos, é uma frenética interrogativa de quem somos. Fui concebido que tenho num livro respostas para todas as perguntas, e agora me pergunto: que livro é esse?

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 24/10/2015
Código do texto: T5425160
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