Dias (e corações) sem cor ...

Tem dias que começam mais cinzas que o dia nublado de hoje, e mesmo assim o coração sorri. Em contrapartida, o calorão e as nuvens não foram o suficiente para abrandar alguns sentimentos que amanheceram no meu peito esta manhã. A primeira notícia vinda de alguém que tanto estimo, e carregada de dor. Morrer é um absurdo. Depois do abraço e da ausência indescritível de palavras, voltei-me, um tanto sem ânimo, para as obrigações que me acercavam. Diante das luzes da tela que sensibilizavam meus olhos Fotofóbicos, aquele link parecendo me obrigar a ler sobre as tais doenças que nos levam dessa vida.

Entre coisas que acontecem e as que leio na internet, estou classificando meu dia como cinza por dentro. E rezando para que apesar de todo calor, o sol ou a chuva possam ser suaves o suficiente para aliviar estas tristezas. As minhas e as que de quem estimo. Lembrei, sem coincidência, desta música:

“Ouça-me bem, amor

Preste atenção, o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos

Vai reduzir as ilusões a pó”

E me perguntei o quão cinza por dentro o Cartola estava quando compôs estes versos. A verdade é que por mais contraditório que seja, estou querendo acreditar que talvez algumas dores chegam para nos curar. E a gente nem sabe.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 22/10/2015
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