ENTRANDO NA FILA PARA SER BONITO
As vezes parece que tenho aversão ao Rio de Janeiro, mas não é nada disto, penso que de maravilhosa só a natureza. Não foram capazes de segurar a Capital Federal por lá, assim permitindo que Juscelino Kubitschek prestasse um grande desserviço ao país, a ideia dele era colocar a mão sobre os cariocas e assim Minas Gerais cresceria. Uma coisa esdrúxula, crescer pelo encolhimento do outro. Não deu certo, pois a maioria dos funcionários de Brasilia eram cariocas, exceto a mão de obra braçal, esta foi empilhada nas cidades satélites, no cinturão de miséria como se dizia nas aulas de geografia.
Mesmo longe da Capital o Rio continuou recebendo benesses, quer pela realização de eventos esportivos, eventos mundiais ou os tal royalties. É dinheiro que não acaba mais, sempre na contramão das soluções dos problemas, talvez o nordeste faça muito mais com quase nada, mas isto é outra conversa.
Veio a ponte Rio-Niterói as polícias receberam modernizações, depois a Rio-92, os Jogos Pan-americanos, a Copa do Mundo, no ano que vem os jogos Olímpicos e assim atravessaremos décadas, sem que haja uma solução ao crime organizado por lá.
O Rio parece aquele sujeito da piada que entra na fila diversa vezes para ser bonito, enquanto os outros amarguram suas feiuras.