Aprendizado
Quando o aprendizado transcende as salas da academia
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Tive o privilégio de participar de um encontro e debate históricos no Bairro da Lagoa em Florianópolis. Na mesa, os especialistas em desastres socioambientais Dra. Beate Frank e Dr. Marcos Antonio Mattedi (meu orientador e coordenador do NET- Núcleo de Estudos da Tecnociência). Beate nos recebeu em sua casa na tarde do dia 13 de outubro (2015) para uma entrevista para minha pesquisa de mestrado em Desenvolvimento Regional “A percepção e a gestão dos desastres em Blumenau/SC”. Em meio ao pão no forno, as lembrancinhas para a neta que virá e o ciúme do gato sempre atento aos convidados, o reencontro - após tempo sem se ver - de 35 anos de pura amizade e parceria intelectual. Havia tanto a falar que faltava tempo, espaço, lugar... Enquanto saboreávamos os “cupcakes” maravilhosos preparados por Beate e tomávamos o café passado na hora, o debate sobre gestão de desastres se aprofundava. Às vezes a discussão se acirrava a tal ponto que ficar sentados “atrapalhava” a intensidade da mesma e havia a necessidade de falar também com as mãos, com o corpo, já que a boca não dava mais conta de tanto conhecimento que partilhavam. Então os dois se levantavam e discutiam em pé, no meio da cozinha. E quando percebiam a falta que conversas como aquelas havia feito ao longo do tempo, se abraçavam e reiteravam a amizade, o respeito e a admiração de um pelo outro. Então, apaziguados da efervescência intelectual, voltavam para a mesa e por alguns momentos (até nova enxurrada de emoção), a interlocução se amenizava e eles podiam se entregar à mais uns goles de café. Momentos como esse são impagáveis. São um “prato cheio” para “matar a fome de conhecimento” e marcar pra sempre a trajetória acadêmica de um estudante. E não precisei fazer nada. Só tomar a xícara entre as mãos, aquietar-me e beber as preciosidades que caiam e se eternizavam no gravador sobre o tampo da mesa...