Multidão solitária

Viajar é algo que me faz um bem enorme. Entretanto, algo tem chamado a minha atenção: a solidão das pessoas em lugares superlotados. Neste contexto, dedico atenção especial às pessoas que se acotovelam e se esbarram em aeroportos e aviões.

Geralmente, as pessoas não vêem o outro, apenas se cruzam nos salões dos aeroportos, nos momentos que antecedem suas viagens. Raramente trocam algumas palavras com outras pessoas (estranhas). Sentam, levantam, ficam em filas, se cruzam nos banheiros e nos restaurantes. Algumas palavras "bom dia", "boa noite", "Boa tarde", "licença" saem da boca de uns poucos corajosos, dirigidas a desconhecidos. Mas, na maioria das vezes as pessoas ficam quietas, usam celulares ou cochilam. As pessoas se tornam invisíveis... Solidão em multidão e da multidão.

Os motivos dessa "mudez" devem ser inúmeros! As pessoas estão muito preocupadas com os seus próprios problemas, o receio de ser mal interpretado, a pressa, a timidez, os interesses outros podem ser alguns dos motivos de não se ver o outro. Inquieta-me o fato de um sorriso custar tão caro! Fax-me pensativa o fato de estarmos tão mecanizados ou nos colocando como máquinas frias, um metal frio. Vejo- me, também, nesse mundo.

Pouquíssimas vezes, conversei mais demoradamente com alguém,. Uma vez, trocamos telefones (mas nunca voltamos a nos contactar) e uma vez o contato se deu fora do contexto aéreo. Um dia, o passageiro do lado puxou conversa, mostrou fotos da família e seguimos nossos destinos. Há muita pressa no mundo. Não temos tempo... TEMPO ...

IMPORTÂNCIA? FRIEZA? ESTILO?

RELAÇÕES INTERPESSOAIS!

Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 21/10/2015
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T5422057
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