Escabrosa mentira
 
É visível o abatimento do presidente da Câmara dos Deputados. Como se tivesse perdido um ente querido. Mas na verdade, perdera a credibilidade para exercer o respectivo cargo. Porém, mesmo depois de ser desmascarado, de serem reveladas suas contas na Suíça, ainda assim, reuniu forças para encerrar a CPI da Petrobrás. Entretanto este feito esdrúxulo deixou no ar uma indignação incontestável.
O furor se espalhou pelos recantos brasileiros e pairou, sobretudo pelos recintos do Congresso Nacional. A atitude do presidente da câmara, de permanecer no cargo, é de uma arrogância sem tamanho, beirando ao cinismo.
Haja vista, que por muito menos o ex-deputado André Vargas foi cassado. Pois viajar de jatinho patrocinado pelo doleiro Youssef é bem menos perda de decoro, do que ser titular de contas milionárias no país europeu dos saborosos chocolates.
Como é difícil entender que a Suíça seja o melhor país do mundo para se viver, e, ao mesmo tempo, possua uma mancha como paraíso fiscal! Que acolha dinheiro oriundo da corrupção, lavado por doleiros experts.
Tornou-se vexatório assistir à TV Câmara. Urge passar a limpo a casa do povo. Mas parece que se depender dos presidentes da Câmara ou do Planalto, continuaremos a ver navios.
Resta-nos ressuscitar o juiz Sérgio Moro. Clamar ao STF. Pedir protagonismo dos deputados indignados com essa situação. Podem até não serem muitos, mas os poucos, unidos, poderão ecoar o horror, que acomete os cidadãos brasileiros.
Que exigem a renúncia ou cassação do presidente da Câmara. E não aceitam o abrupto encerramento da CPI da Petrobrás. Mesmo que tenha servido, espetacularmente, para desmascarar o presidente da Câmara, numa deslavada e escabrosa mentira.
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 21/10/2015
Reeditado em 21/10/2015
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