Mão de vaca

Um amigo meu que é muito brincalhão e sabe que sou muito besta para rir me contou a última presepada do filho dele, um malandreco que vive aprontando, a duras penas fez o segundo grau, depois parou, aderiu de mala e cuia à maladrangem. Não aguentando mais ver o filho na vida mansa, o pai lhe deu um ultimato, aí ele resolveu procurar emprego, chegou mesmo a com ajuda de um amigo preparar um currículo e distribuiu em várias empresas. Foi então que um shopping da moda o convidou para fazer uma entrevista para uma vaga de mensageiro. Pesou no convite o fato dele dirigir bem moto, conhecer o Recife como as palmas de sua mão e ter o segundo grau.

Marcado o dia da entrevista, ele saiu de casa logo cedo, não queria se atrasar, nem almoçou, disse que faria isso no mercado, e de lá pegaria um ôninbus que parava na porta do shpping. Saiou todo empetecado, vestindo o paletó e usando uma gravata do pai. Só que no almoço encontrou sua patota e comeram uma mão de vaca, ele exagerou no pirão e na carne gordurosa, além de ter tomado umas cervejas da marca anunciada por Miss Verão. Para garantir as coisas tomou um sal de frutas.

Chegou ao shopping e se dirigiu para o local da entrevista, aguardou sua vez, depois de m mais ou menos uma hora foi chamado. Assim que entrou cubou a entrevistadora, era uma coroa chata, feia, com óculos de fudo de garrafa, otou logo que era arra pesada. A doa ollhou o currículo dele, documetos, lhe fez algumas pergutas e ele foi respodendo, tudo nos trinques, nada dífícil, sentiu que estava agradando, mas aí... Aí a danada da aamão de vaca produziu um efeito letal para a entrevista, ele não segurou e peidou, um peido alto, estridente, escandaloso. A entrevistadora num perimeiro momento se assustou, mas se recompôs e começou a esculhambá-lo. O único elogio foi moleque safado, o resto foi agressão verbal, a dona ficou pê da vida. Diante dos seus gritos chegou logo os seguranças, depois os curiosos, juntou gente, e então chegou o gerente, o superior da entrevistadora posessa com o peido do entrevistado. O gerente pediu uma explicação e a dona explicou o caso, mas usou o nome chique de peido, flato, foi preciso ela traduzir porque o gerente ficou voando, ela resolveu citar o apelido mais leve, pum. O gerente achou que tinha sido mesmo penalti. Mas então o moleque, tranquilo, safo, não estava arriscando nada, perguntou se podia falar. O gerente impressionado com a tranquilidade do peidão disse apenas que ele podia falar, mas não sanbia em que isso ia adiantar, levando em consideração a ofensa cometida.

O moleque então olhopu para a megera entrevistadora e peguntou: "A senhora nunca soltou um peido sem querer? E virou-se para o gerente: "E o senhor, quer me dizer que nunca na vida comeu uma mão de vaca e depsois não soltou um peidinho?". E continuou a sua defesa: "Caraca, gente!, peido eu, peida a raianha da Iglaterra, peida o cardeal, o bispo, os generais, os industriais, peida todo mundo. O que está em jogo aqui é se eu tenho ou não tenho capacidade para ser um mensageiro, não meu peido que nem fedeu, fedia se fosse bufa daquelas caladinhas mas danadas de fedorentas. Cometi algum pecado? Se me rejeitarem por causa do peido sou capas de recorrer à justiça e vou contar o caso à imprensa". O gerente sentiu que no ar havia mais coisa que um simples peido, aí camou a entrevistadora para um particular. Depois de alguns momentos voltaram e mandarm o folgado para a sala de recursos humanos para concretizar a contratação. Mas avisou o sujeito que em serviço não deve comer mão de vaca.

O pai dele me disse que ele está trabalhando, mas que não dura no serviço. Nesses dias solta outro tipo de peido. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/10/2015
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