O Futuro de uma Ilusão - Sigmund Freud

O porque de tudo? Qual a necessidade do entendimento de fatos que acontecem em nossas vidas? o quanto a religião nos aliena?, o quanto temos necessidade de acreditar em algo?, são muitas perguntas sem resposta.

O fenômeno religioso como manifestação cultural, e a manifestação de fé, calcada nos sentidos, é a origem da alienação, da superstição, além de um fenômeno calcado na imaginação.

Isso tudo consiste, no futuro de uma ilusão.

“O crente não se deixará privar de sua crença – não à força de argumentos e não à força de proibições. Caso se conseguisse isso com alguns, seria uma crueldade. Quem tomou sonífero por décadas obviamente não poderá dormir quando privado do remédio.”

“Chamamos uma crença de ilusão quando se destaca em sua motivação o cumprimento de desejo, ao mesmo tempo em que não levamos em conta seu vínculo com a realidade, exatamente do mesmo modo que a própria ilusão renuncia a suas comprovações.”

“Um número imenso de homens aculturados, que recuaria horrorizado diante do assassinato e do incesto, não se priva de satisfazer sua cobiça, seu gosto de agredir e seus apetites sexuais; não deixa de prejudicar os outros por meio da mentira, da fraude e da calúnia caso possa permanecer impune ao fazê-lo.”

“A satisfação que os ideais oferecem aos membros da cultura é, portanto, de natureza narcísica; ela repousa sobre o orgulho da realização que já foi bem-sucedida. Para que seja completa, essa satisfação precisa ser comparada com outras culturas que se lançaram a realizações diferentes e desenvolveram outros ideais. Devida a tais diferenças, cada cultura se atribui o direito de menosprezar a outra. Desse modo, os ideais culturais se transformam em ocasião para discórdia e desavença entre diferentes círculos culturais, tal como se torna bastante claro entre nações.”

O Futuro de uma Ilusão - Sigmund Freud

Sigmund Freud
Enviado por Leandro Vidile em 19/10/2015
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