Caminhos de espinhos

Desde pequeno que fiz corta-matos: em caminhadas com os amigos procurava sempre atalhar caminhos, pela aventura, mas também por falta de paciência para seguir os caminhos normais.

Nem mesmo quando fiz campos de férias perdi este "hábito" porque, afinal, tivera sempre êxito nos corta-matos .

Até que no fim da adolescência, fiz o meu último corta-mato, e o único que correu mal: pretendia chegar ao topo de uma montanha, por um caminho cheio de espinhos, mas que me poupava metade do tempo. Os espinhos eram demasiados, e a montanha era grande demais...

Não me senti derrotado, simplesmente aprendi duas valiosas lições para a vida: por vezes não compensa ir pelos caminhos de espinhos, e existe sempre uma montanha demasiado grande para ser conquistada...

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 19/10/2015
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