Feira
Na feira de um supermercado estes dias, reparei em como as pessoas escolhem os legumes e as frutas. No dia em questão, algumas pessoas escolhiam tomates em uma determinada caixa. Mas os tomates não estavam lá essas coisas. No entanto, um funcionário do mercado chegou trazendo algumas caixas de tomates, cujos tomates estavam em melhores condições do que os outros. Na mesma hora, algumas mulheres mudaram de caixa, e já diziam para as outras:
- Senhoras, os tomates destas caixas estão melhores. Os destas caixas aí estão em péssimas condições, não dá para levar não.
E assim, a investigação aconteceu com as batatas, os repolhos, as laranjas, as peras, os abacaxis, os pimentões, enfim, tudo. Tudo passava pela investigação minuciosa dos olhares das senhoras e senhores. Eram apalpadas pra lá e pra cá, olhares de revés, de travessa, por cima e por baixo dos óculos. Passado no teste, a fruta ou o legume ia para o saquinho. Em caso de reprova, voltava para a banca. Na verdade, para a mão ou o saquinho de outro comprador, talvez menos criterioso.
Também a vida é uma grande feira. Uma feira gigantesca, onde encontramos de tudo. Mas, assim como as frutas e os legumes do supermercado ou de uma feira qualquer, as coisas da vida também devem ser olhadas, analisadas, tocadas, examinadas. O que é bom vai para o saquinho. O que não serve, fica na banca.
Afinal, na feira, se escolhe e se apalpa até a cebola que nos faz chorar. Porque, até o que possivelmente um dia nos fará chorar, também deve se escolher com certo cuidado.
Na feira de um supermercado estes dias, reparei em como as pessoas escolhem os legumes e as frutas. No dia em questão, algumas pessoas escolhiam tomates em uma determinada caixa. Mas os tomates não estavam lá essas coisas. No entanto, um funcionário do mercado chegou trazendo algumas caixas de tomates, cujos tomates estavam em melhores condições do que os outros. Na mesma hora, algumas mulheres mudaram de caixa, e já diziam para as outras:
- Senhoras, os tomates destas caixas estão melhores. Os destas caixas aí estão em péssimas condições, não dá para levar não.
E assim, a investigação aconteceu com as batatas, os repolhos, as laranjas, as peras, os abacaxis, os pimentões, enfim, tudo. Tudo passava pela investigação minuciosa dos olhares das senhoras e senhores. Eram apalpadas pra lá e pra cá, olhares de revés, de travessa, por cima e por baixo dos óculos. Passado no teste, a fruta ou o legume ia para o saquinho. Em caso de reprova, voltava para a banca. Na verdade, para a mão ou o saquinho de outro comprador, talvez menos criterioso.
Também a vida é uma grande feira. Uma feira gigantesca, onde encontramos de tudo. Mas, assim como as frutas e os legumes do supermercado ou de uma feira qualquer, as coisas da vida também devem ser olhadas, analisadas, tocadas, examinadas. O que é bom vai para o saquinho. O que não serve, fica na banca.
Afinal, na feira, se escolhe e se apalpa até a cebola que nos faz chorar. Porque, até o que possivelmente um dia nos fará chorar, também deve se escolher com certo cuidado.