VOCÊ CRÊ NA CONTINUAÇÃO DA VIDA?

Nossa auxiliar de uma vez por semana, das intermináveis tarefas domésticas das habituais terças-feiras, chegou bem mais cedo do que de costume, o marido antes de ir para o trabalho a deixou; devido à chuva persistente.

O café matinal ainda não estava pronto, não demorou muito servimos e conversamos. Antes de começar seu trabalho, fizemos questão de mostrar a ela, a última formatação da nossa mais recente amiga, Mariza. Usando um texto nosso que foi enriquecido pelas imagens. Já tínhamos assistido: Precursores dos Novos Tempos... Ligamos o computado assistimos novamente; por que não dizer, ficamos emocionados; para facilitar sua compreensão, líamos o texto.

Não passou uma hora, o marido inesperadamente tornou a aparecer, recebera um telefonema, que sua irmã que residia em Alta Floresta, tivera um AVC, fora internada e estava na UTI. Ele leva esposa para casa, pois não teria condições psicológicas para prosseguir em suas tarefas...

Despedimos-nos, acertamos, - muito embora ela relutasse em aceitar. -antecipadamente pelo dia de seu trabalho, argumentamos que poderia precisar do valor...

Ontem à tarde, - quarta-feira. - após o trabalho, vamos fazer uma rápida visita, a uma tia. Ela teve a idéia de telefonar, pois queria trocar o seu trabalho de quinta - para sexta-feira. Aproveitou para perguntar pela irmã, - nós havíamos contado. - e a mesma respondeu que falecera, e que neste horário estava sendo sepultada... Antes que nossa tia desligasse o telefone, passou para nós, e transmitimos nossos sentimentos e algumas palavras para confortá-la, muito embora sabendo, que é bem difícil para grande maioria a “aceitação” do inevitável...

Pouco depois, fomos “obrigados” a tomar o café, apesar de seus 85 anos, ninguém passa imune a este seu gesto de gentileza fraterna e amiga, em que o “ritual” do café faz parte de seu acolhimento... Despedimo-nos, pois à noite teríamos o compromisso de quarta-feira, com os estudos do grupo mediúnico...

Agora pela manhã estamos refletindo: nos “mistérios” de nascer e morrer; em que todos indistintamente estão subordinados; independe da idade, condição social; nascer, viver e morrer faz parte do ciclo da própria vida...

Este enigma acompanha a humanidade nos primórdios de sua história; muito antes de Jesus; almas que viviam acima de seu tempo; dissertavam e elucidavam este palpitante tema: que seria a vida? Que seria à “morte”? Quando despertamos no nosso íntimo a Fé; tudo nós leva a crer que os “mistérios da vida”, já existiam antes de nascermos, e transcende muito mais além; quando nossos olhos físicos se fecham para sempre nesta dimensão; a vida não cessa, prossegue com inesgotáveis oportunidades de aprendizado, para o nosso próprio engrandecimento espiritual.

Quando a isto desenvolvemos, passamos a não temer a “morte”; na verdade é um ciclo que se fecha, e outro que se “descortina”, com infinitos horizontes, que estavam, - para grande maioria. -“embotados” pela dimensão densa da matéria, que dificulta à visão e o entendimento desta realidade...

Enquanto estivermos aqui, vivamos tranquilamente em sã e salutar alegria; o nosso melhor dia é hoje, e o melhor momento é agora; louvemos a vida, e os seres que compartilham conosco, quando “ela” chegar, se cumprimos as tarefas a nós designadas, partiremos serenamente, pois o “exílio” temporário terminou, e retornaremos à definitiva “pátria”, que se constitui na origem de nossa própria vida.

Curitiba, 19 de julho de 2.012 - Reflexões do Cotidiano - Saul.

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 15/10/2015
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