Assunto batido para algo maior que o medo

Hoje eu decidi que ia escrever uma crônica com todo amor que eu tenho. Sim, porque talvez seja isso que esteja de fato faltando no mundo. Eu sei que essa tem sido uma das coisas mais clichês que se diz por aí e o que é pior: a que mais se diz e a que menos se pratica. É bonito pra postar no Facebook. Mas eu insisto em bater nessa tecla. Sobretudo porque hoje é dia do PROFESSOR, e havemos de nos lembrar o quanto os acontecimentos desse ano roubou parte do amor pro futuro. É inevitável lembrar da minha primeira professora e, em contrapartida, da primeira vez eu fui chamada assim.

É inegável o que alguém com o mínimo de conhecimento é capaz de fazer, e talvez por isso causam tanto pavor e medo. Preparar as pessoas para o futuro e abrir as janelas pro mundo, pode ser perigoso.

Mas, conforme disse no início, quero que estas linhas estejam mais repletas de ternura que qualquer outra coisa. E parafraseando Paulo Freire “eu nunca poderia pensar em educação sem amor. É por isso que me considero um educador: acima de tudo porque sinto amor.”

Ser professor é uma das formas mais genuínas de amar. E como todo amor, cansa. Dói. Faz sofrer. Mas não se desiste. Talvez por isso, não tenha sido uma escolha nossa, mas nós é que tenhamos sido uma escolha da vida.

Já faz um tempo que não leciono nas salas de aula. Mas sempre e pra sempre quero trabalhar com educação. Não me incomoda o amor ser clichê. Vai que cola.

PRATIQUEM. APENAS.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 15/10/2015
Reeditado em 19/10/2015
Código do texto: T5415574
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