Bode expiatório!?
Roque, roque, roque, roque...!
Já, já, já, eu, volto para esta onomatopéia, um tanto, quanto musical, contudo..., preciso marcar o local, Leitor, aonde toda a história começou...!
O carteiro, como é do seu serviço habitual deixa a correspondência na casa de Hilda. Logo, ela, nota que, uma das cartas é endereçada ao seu vizinho Nathan! Pega o envelope e vai entregar para ele.
Acrescento um ponto na história para que você fique atento, Leitor, Hilda esta viúva, após, décadas de união matrimonial, o mesmo, acontece com Nathan, verdadeiro lobo solitário!
Toca a campainha! O homem, ou melhor, o lobo solitário, vem atender a porta, e, mostra toda a perplexidade do mundo no rosto ao deparar com a vizinha!
“Nossa! Hilda não a vejo desde a morte do Luizinho! Tudo bem com você?”
A conversa flui ... no final Nathan a olha e pede com o rosto triste...
“Venha bater um papo comigo, aqui no terraço, sempre que puder, estou me sentindo tão só!”
Bem! Marcado o fato! Prossigamos com a história.
No terceiro encontro da Primaiada, alguns deles, resolveram esticar a estadia, graças ao feriado prolongado. E, foram assim, divididos em grupos para poderem se hospedar nas casas dos familiares no interior paulista!
Lembranças da infância de cada um surgem aos borbotões, deste modo, a conversa foi noite adentro regada por caipirinhas e petiscos!
Ficou determinado que, o casal Ricardinho e Regina se hospedariam na casa de Hilda.
Roque, roque, roque, roque...!
Ricardinho não conseguia pregar os olhos. O barulho além de irritá-lo, o fazia temer pelo pior!
Roque, roque, roque, roque...!
Ao seu lado Regina dormia um sono só!
Roque, roque, roque, roque...!
Espia pela fresta da janela... algo... move-se nas sombras! Um vulto por cima do muro! Um... não!, dois!
Roque, roque, roque, roque...!
Um dos vultos mostra uma parte do corpo... de repente, se esconde. Pé ante pé, Ricardinho vai até o quarto de Hilda!
Bate na porta! Uma, duas , três vezes, até que ela sai.
Hilda assistia a um filme na televisão, vestia um pijama verde polvilhado de flores. Refrescava-se do calor ... ar condicionado e ventilador de teto ligados, o quarto esparramava-se no frio estremecendo até as suas paredes!
“Pois, eu vi, com certeza, dois homens no muro do quintal, eles, estão para pular para o lado de cá!”
“Você está sugestionado pela conversa da insegurança de São Paulo! E, além do mais..., como aqui não tem circuito fechado de segurança, como na sua casa, você esta preocupado!”
“Acredite você esta vendo demais!”
“Não! Não estou! Vou provar que não estou!”
Dou um tempo nesta crônica para comunicar que, ela, vai dar pano para a manga no dia seguinte, na reunião da primaiada. Espere e verás!
Bode expiatório!? Tudo será esclarecido no terceiro dia da reunião festiva... acredite!