Não, à violência

A agressão cometida por cinco jovens, contra doméstica Sirley Dias, nos deixa consternados. Para onde estamos caminhando, onde uma cidadã é agredida, roubada de forma covarde e onde os agressores afirmam tê-la confundido com uma prostituta, como se ser prostituta, homossexual, judeu, ou seja, ser diferente seria motivo para abusos. O que é constrangedor, é saber, que esses jovens pertencem à classe média alta, são universitários, portanto sabiam o quê estavam fazendo.

Diante deste fato me reporto à mídia e pergunto: a sociedade será mobilizada a fazer uma passeata em repudio a este crime? Alguém levará faixa pedindo que os culpados sejam tratados com rigor? Ou será que o tratamento dado a crimes cometidos por pobres, negros, favelados, devem ser tratados de forma diferenciados?

Por que um jovem de 20 anos, de classe média, tem que ser tratado como criança, quando comete um crime? E um jovem de 16 anos, da periferia tem que ser considerado adulto, quando tem o mesmo comportamento? Por que o jovem pobre tem que ficar trancafiado? Algumas pessoas chegam até pedir pena de morte nestes casos... E para os “Mauricinhos”? Uma viagem a Disneylândia? Quem sabe eles não estavam muito estressados, a ponto de sair por aí roubando e tentando matar pessoas que julgam inferiores a eles...

Não é retaliação, é apenas uma constatação; nossa sociedade está doente, mas não será favorecendo uma classe e marginalizando outra que teremos a solução. Temos que unirmos nossas forças, escola, família, lideres religiosos, bons exemplos dos homens públicos, para exterminar de vez a violência que se infiltrou em nosso país.

Jacydenatal

26/06/2007