MOVIMENTOS SOCIAIS AO LONGO DA HISTÓRIA II

Comentários no http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2015/10/movimentos-sociais-ao-longo-da-historia.html

Em 12 de outubro de 2012 publiquei no blog carloscostajornalismo (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/10/movimentos-sociais-ao-longo-da-historia.html) a crônica “Movimentos sociais ao longo da história”. 

Como o trabalho mereceu atenção de mais de 300 pessoas que estudam o tema, decidi dar prosseguimento ao estudo, ampliando as discussões em torno do mesmo tema.

“Movimentos Sociais ao longo da História II”, para permitirá uma melhor compreensão dos temas abordados anteriormente, dando novo enfoque no assunto. Continuarei fazendo uso do excelente livro MOVIMENTOS SOCIAIS REPRIMIDOS, do professor Dhiogo José Caetano, também assegura que “os graves problemas (estruturais ) existentes resultaram em inúmeros movimentos sociais (pela falência dos aparelhos de Estado),

Carlos Costa

Assistente Social – CRESS

1216-CRESS-Am/RR

Um abraço a todos.

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Como afirmei na primeira crônica publicada em 12 de outubro de 2012 no blog carloscostajornalismo (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/10/movimentos-sociais-ao-longo-da-historia.html), diversos movimentos sociais legítimos foram combatidos e combatidos ferozmente pelos Aparelhos Repressivos de Estado, criminalizados e transformados em movimentos subversivos, pelo marechal Luiz Alves de Lima e Silva, hoje o Patrono do Exército brasileiro, durante a história recente da República, porque contrariavam as ideias concentradas nas mãos do poder do Império. Legítimos movimentos sociais como a “Balaiada”, no Maranhão, o movimento autonomista “Sabinada” (1937/38), ocorrido na província da Bahia, a Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, (1935/46) de caráter regional e republicano, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, terminando com a criação da República Rio-Grandense, a revolta social, “Cabanagem” (1936/40), no Estado do Pará, marcada por um cenário de pobreza devido a irrelevância política à qual a província do Pará fora relegada. Muitos e legítimos movimentos populares-sociais foram sufocados e transformados pelo “Marechal de Ferro” em simples movimentos políticos contra a coroa portuguesa, como já escrevi em crônica anterior, graças à imposição de decisões imperiais, que empunham suas vontades, sem ouvir o que o povo desejava.

“Quando analisamos o processo histórico do Brasil, notamos os graves problemas com relação à própria estruturação do país, que é marcado por momentos de dor, tortura, exílio, medo e mortes. Na identidade nacional podemos encontrar o ranço negativo que contribuiu para a formação e estruturação do Brasil de hoje,” o professor, historiador, poeta, cronista e colunista de jornais em Uruana, em Goiás, Dhiogo José Cetano. Devido ao grande interesse de pesquisadores sobre o tema, volto a escrever “Movimentos Sociais ao longo da História – literatura, história e os movimentos na República Brasileira,” para um melhor entendimento e compreensão de todos os interessados.

O professor Dhiogo Caetano atribui os sufocamentos das revoltas populares sociais aos “...graves problemas existentes...” na época imperial e ainda hoje, que teriam influenciado “...inúmeros movimentos sociais, (...) guiados por teóricos oriundos do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano ou rural. Tais movimentos, quando se referem ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como, por exemplo, as lutas por creches, por escolas públicas, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários (...)

Vai mais além e diz que “cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, ”todos” expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira (...) No século XXI nos deparamos com alguns movimentos que ainda mantém uma influência importante nos meios sociais como: Movimento Estudantil, Movimento Feminista, Movimento Hippie, Fórum Social Mundial – FSM, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST”.

Decidi abordar esse assunto novamente quando vi pela televisão. integrantes de movimento social que defendia moradias populares em Taboão da Serra (SP), tentaram invadir o plenário da Câmara, chutaram, arrancaram, arremessaram encostos de cadeiras, chutaram as grades e arremessaram objetos contra os parlamentares, ao perceberam que o projeto de moradia popular não seria votado pelos vareadores, legítimos representantes da população que os elegeu.

Estariam agindo contra o Estado democrático ou só estavam cansados de reivindicar uma situação que se arrasta há muitos anos, sem uma solução?

Na crônica em que abordei essa mesma questão, me perguntei se eram os integrantes mesmo dos movimentos sociais que promoviam as agressões ou eram de baderneiros envolvidos e infiltrados dentro dos legítimos movimentos sociais. Contudo, recebi críticas e as aceitei porque todos os movimentos sociais ao longo da história foram transformados em movimentos desestabilizadores dos governos constituídos e reprimidos violentamente pelo Aparelho de Estado, a PM.

Concordando com o trabalho de pesquisa do professor Dhiogo Caetano e mesmo criticado e aceitando às críticas de leitores sobre esse polêmico e complexo assunto dos movimentos populares, volto a me perguntar: será que os movimentos não teriam outras formas de protestar, reivindicar e exigir sem depredar o patrimônio público em nome de uma causa? No final, todos pagarão a conta porque os recursos sempre saem do contribuinte. O “governo”, enquanto Estado, é um mero arrecadador de tributos e impostos, não trabalha e foi uma criação histórica de todos em benefício do bem comum de todos!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 09/10/2015
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