Profissão Professor
Fui atravessar a rua. Na outra calçada alaridos de vozes juvenis: uma turma de escolares uniformizados.
Dei como desculpa os carros que passavam para completar a ação da travessia. Queria mesmo era que os alunos tomassem dianteira. Atrasei o passo.
Pela estatura dos meninos e meninas vi que não eram das primeiras séries. Não iam em filas, mas nem por isto havia desordem. Procurei pela professora.
Surpresa: era um professor. Solilóquio: corajoso!
É preciso coragem para conduzir adolescentes pelas ruas nas atuais circunstâncias em que Educação, Família, Escola, Disciplina se encontram a mercê de questionamentos.
Lembrei-me das últimas atitudes de bravura que tive ao longo de minha carreira e achava que tais cenas – aulas além da proteção de paredes e muros – não fossem mais possíveis.
Senti-me feliz em ver o jovem professor na plenitude de seu professar, além de conhecimento, formação, hábitos de civilidade, ordem no caminhar e conectar comportamentos.
Mais na frente era preciso tomar a calçada da avenida que levava à escola. Ao adiantamento de apressados estudantes bastou uma ordem de comando para que todos aguardassem e fizessem em segurança o trajeto. Foi bonito de se ver todos ligados à maestria do professor.
No transcurso todos – professor e pupilos – denotavam contentamento dos momentos que tiveram juntos e de terem feitos o que fizeram. Pois uma aula é muito mais que teoria, exercícios e sim vivências.
Chegaram à escola e disciplinarmente aguardaram a abertura do portão. Eu segui meu caminho nostálgico das décadas de ensino/aprendizagem e feliz por ver que ainda tem jeito para a Educação porque tem gente para ministrar valores.
Termino aproveitando a oportunidade para bater na tecla que o ato de ensinar não é dom como queriam os falidos românticos. Ensinar é desenvolver habilidades e competências que se adquirem com o investimento de tempo, cursos, livros e práticas.
Tornar-se professor não é abraçar missão, pois não somos missionários como queriam os jesuítas.
Professor é profissão que requer planos de salários e carreira que estimulem a autoestima do educador e comprometimento com o ato de ensinar e aprender sentido dignidade por isto.
Professor é a profissão dos profetas e protetores da proficiência da sociedade futura – permitam-me os trocadilhos.
Professor, que respeito inspira esta linda palavra!
Ficam nossas homenagens a todos estes profissionais na pessoa daquele anônimo que conduzia – literal e metaforicamente – a sua turma pelas ruas da cidade.
Fui atravessar a rua. Na outra calçada alaridos de vozes juvenis: uma turma de escolares uniformizados.
Dei como desculpa os carros que passavam para completar a ação da travessia. Queria mesmo era que os alunos tomassem dianteira. Atrasei o passo.
Pela estatura dos meninos e meninas vi que não eram das primeiras séries. Não iam em filas, mas nem por isto havia desordem. Procurei pela professora.
Surpresa: era um professor. Solilóquio: corajoso!
É preciso coragem para conduzir adolescentes pelas ruas nas atuais circunstâncias em que Educação, Família, Escola, Disciplina se encontram a mercê de questionamentos.
Lembrei-me das últimas atitudes de bravura que tive ao longo de minha carreira e achava que tais cenas – aulas além da proteção de paredes e muros – não fossem mais possíveis.
Senti-me feliz em ver o jovem professor na plenitude de seu professar, além de conhecimento, formação, hábitos de civilidade, ordem no caminhar e conectar comportamentos.
Mais na frente era preciso tomar a calçada da avenida que levava à escola. Ao adiantamento de apressados estudantes bastou uma ordem de comando para que todos aguardassem e fizessem em segurança o trajeto. Foi bonito de se ver todos ligados à maestria do professor.
No transcurso todos – professor e pupilos – denotavam contentamento dos momentos que tiveram juntos e de terem feitos o que fizeram. Pois uma aula é muito mais que teoria, exercícios e sim vivências.
Chegaram à escola e disciplinarmente aguardaram a abertura do portão. Eu segui meu caminho nostálgico das décadas de ensino/aprendizagem e feliz por ver que ainda tem jeito para a Educação porque tem gente para ministrar valores.
Termino aproveitando a oportunidade para bater na tecla que o ato de ensinar não é dom como queriam os falidos românticos. Ensinar é desenvolver habilidades e competências que se adquirem com o investimento de tempo, cursos, livros e práticas.
Tornar-se professor não é abraçar missão, pois não somos missionários como queriam os jesuítas.
Professor é profissão que requer planos de salários e carreira que estimulem a autoestima do educador e comprometimento com o ato de ensinar e aprender sentido dignidade por isto.
Professor é a profissão dos profetas e protetores da proficiência da sociedade futura – permitam-me os trocadilhos.
Professor, que respeito inspira esta linda palavra!
Ficam nossas homenagens a todos estes profissionais na pessoa daquele anônimo que conduzia – literal e metaforicamente – a sua turma pelas ruas da cidade.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 05/10/2015.
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