SEGURANÇA UMA NAU SEM RUMO E PERDIDA

SEGURANÇA UMA NAU SEM RUMO, SEM COMANDO E PERDIDA.

Por: ANTONIO PAIVA RODRIGUES.

“Tocado pela luz da espiritualização, você assume novas sendas rumo à sua libertação e progresso. Contudo, quase sempre, traz consigo um montante de lutas e problemas consolidados na esteira do tempo. Culpas emergem, reações adversas surgem desanimando-o e, entre as viciações morais, você tomba na tristeza persistente e na ansiedade pela melhora. No descuido, decide pelo abandono dos ideais, já que os obstáculos parecem intermináveis”. (Ermance Dufaux).

O nosso Brasil se transformou numa grande nau sem rumo, perdida e sem comando e com ela a maioria dos órgãos públicos. A segurança pública padece, arqueja, e entra em letargia, pois os governos não se preocupam com a segurança dos cidadãos. Procura-se um Secretário de Segurança, um Comandante da PM, um Prefeito, Um Governador de Estado e Delegados de Polícia Civil, visto que a capital cearense e o próprio Estado estão à mercê dos bandidos, dos marginais perigosos, dos assaltantes de bancos, dos sequestradores, dos descuidistas, dos larápios da pior espécie, e assassinos em potencial.

Merece um prêmio o cidadão cearense que não tenha sido assaltado nos dias atuais. Os bandidos usam artimanhas e “Modus Operandi” diferentes, que a Polícia deveria combater. Normalmente andam de motos com garupeiros e garupeiras, com armas possantes, armas brancas e simulacros. Infelizmente o Ciops (Centro Integrado de Operações) não funciona a contento e muitas vezes as vítimas ficam a ver navios ou a passar por pesadelos homéricos. Queixas são registradas, mas nenhuma viatura comparece ao local da denúncia. Um oficial superior registrou três ocorrências e ficaram de enviar viaturas ao local do ocorrido, infelizmente nenhuma viatura apareceu.

Existe uma falta de respeito e de hierarquia por parte dos que estão prestando serviços no CIOPS. A Polícia Militar mostra a sua face, infelizmente. Na gestão do Senador Tasso Jereissati os órgãos de Segurança, passaram de primeiro, para terceiro escalão. Foi uma pancada violenta na moleira da Segurança Publica, pois os órgãos de segurança ficaram subordinados a um secretário. Quer queiram quer não o comandante da Polícia Militar passou a ser uma figura meramente “decorativa”. Para termos uma ideia clara, o efetivo policial segundo estabelece a ONU (Organização das Nações Unidas) deveria ser de 1 policial para cada 250 habitantes.

Se levarmos em conta essa premissa o nosso efetivo policial se encontra defasado em mais de cem por cento. Outro aspecto negativo ocorrido com a Segurança Pública foi no governo Cid Gomes: a destruição da Academia de Polícia Militar General Edgard Facó, para dar lugar a um pavilhão de feira e eventos e a extinção do Hospital da Policia Militar que foi transferido para o SUS, hoje Hospital José Martiniano de Alencar. Com a criação da previdência do Estado (ISSEC) todos os funcionários estaduais foram esbarrar nesse falido sistema.

Acabaram com o sistema de aprovisionamento e passaram a distribuir vale-refeição para os policiais de serviço. Pode Freud? O mais hilário é que pouco depois que o ex-governador Cid Ferreira Gomes deixou o governo foi aquinhoado pelo Sistema Verdes Mares de Comunicação com a “Sereia de Ouro” - prêmio que homenageia grandes cearenses que se destacaram durante sua vida profissional, o que não é o caso da autoridade citada. O drama social continua. Dos 184 municípios, poucos são possuidores de delegados de carreira.

Por onde anda o Raio? O Batalhão de Choque? O Caveirão que ao iniciar suas atividades foi presenteado por um princípio de incêndio? O governador em época de eleição prometeu triplicá-los e estendê-los ao interland cearense, mas até agora, nada... Nada. Os homens públicos que estão no poder só almejam cargos lucrativos e esquecem a sociedade. “O governo do (fome zero) ao escrúpulo zero”. A bandeira do “Tudo Pelo Social” foi enterrada. No dela surge o “Tudo pelo Poder”. Os governos petistas montaram um verdadeiro balcão de negócios e lotearam o Estado brasileiro. (Revista Isto É).

Nós diríamos mais, que o Brasil se transformou no país do “Tudo e do Nada”. Para manter garantir a ordem pública e a consequente estabilidade do Estado num regime democrático existe uma pluralidade de instituições responsáveis pelo poder coercitivo determinado por normas jurídicas, que regem as relações de convivência construídas por um poder legislativo, e que são aplicadas pelo poder judiciário, pelo ministério público e pelo poder executivo, a quem cabe o poder de polícia. Os policiais militares praticamente elegeram dois deputados, um estadual Capitão Wagner e um federal, Cabo Sabino, mas até agora não disseram para que foram eleitos. Só que o poder político se metamorfoseou de politicagem, virou excremento político. Todo Estado necessita de um ordenamento jurídico para governar e manter o país num clima de paz e tranquilidade pública.

O ordenamento fundamenta-se no poder de coação que determina- direitos e deveres. De acordo com Webber (1999), se existissem apenas complexos sociais que desconhecessem o meio da coação (compressão, arrocho, pressão, repressão, constrangimento, acanhamento, aperto, embaraço, encabulação, vergonha, violência, imposição, injunção, obrigação, brutalidade, excesso, impetuosidade, Intolerância, opressão, repelo, tirania, truculência, veemência, coerção, compulsão e forçamento), não precisaria existir estado, ter-se-ia produzido “aquilo que caberia à anarquia (...)”. A este complexo de normas jurídicas “consideradas essenciais ou fundamentais ao bem público e à segurança ou garantia dos direitos individuais chamamos de “Ordem Pública”“.

Segundo Jorge Bengochea os parlamentares têm enorme parcela de responsabilidade para com a ordem pública e, por conseguinte, para com a segurança pública porque de seus atos derivam as leis. O interesse do poder público deveria sempre se sobressair ao interesse de um poder, de uma parte da sociedade, de uma corporação ou de um particular e, as leis devem ordenar uma convivência e não trazer mais desequilíbrio ou atender uma crise específica e passageira, mas o que ocorre é a violação constante nos princípios constitucionais e alterações nos seus dispositivos, acabando de vez com cláusulas pétreas da carta dita democrática, bem aos moldes dos regimes de exceção e de sistemas totalitários.

O país precisa ser reinventado e uma limpeza brusca se faz necessária no parlamento que aí está. A sujeira que existe encobre por completo o que ainda existe de bom no cenário político. A locupletação é o ponto forte da maioria dos políticos, a corrupção o câncer que destrói a população em todos os sentidos, e o ponto mais atingido é o social. O Brasil vem sendo terceirizado aos poucos e tem gente ganhando com isso. A classe dos (nem – nem) vem crescendo assustadoramente e com ela a ociosidade, que é a causa principal das desigualdades sociais, da violência, da miséria, do desemprego e do crime.

O governo só pensa em aumentar impostos e não se preocupa com a evasão fiscal que já atinge a casa dos R$ 500 bilhões só no ano de 2015, e quem sofre com isso é o contribuinte. Será que não existe mais líder nesse país? No nosso modesto ponto de vista, a educação ainda é a melhor saída para a crise horrenda por qual passa o país. A imoralidade domina a classe política e em consequência o social morre a míngua. Um país dominado por corruptos, traficantes, empresários desonestos, desocupados, analfabetos, e os chamados fora da lei necessita urgentemente de políticas saneadoras e educativas, senão o fim será trágico.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA- RADIALISTA- ADMINISTRADOR -PSICOPEDAGOGO -MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 08/10/2015
Reeditado em 08/10/2015
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