LEMBRANÇAS DO MEU PASSADO!
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Para Plínio Valério, Pedro “Bala”e Baby Rizatto
As lembranças têm um poder mágico de levar para passado e proporcionar emoções fortes no presente, mas não sei o por quê e não quero que ninguém me responda! Tentarei responder!
Seria por que teria vivido momentos bons no passado ou por que não teriam sido momentos não tão bons assim? Não sei e nem quero saber, mas sei que a emoção forte me arrebatou na noite do dia 7/09/2015 quando o jornalista Plínio Valério me enviou pela rede de whatsapp a comunicação informando-me que estrearia um novo programa de entrevistas na retransmissora da Rede Bandeirantes de Televisão, do médico e empresário Francisco Garcia Rodrigues.
Dia 8, outro vídeo recebido por whatsapp do advogado ìndio do Brasil D´Urso Jacob, filho do premido escritor e desembargador Paulo Jacob, também me levou ao passado. Imagens de Ferro de Engomar antigo que minha mãe usava, biotônico Fontoura que nunca tomei, pote de água de barro, conhecido como “Bilha d´Água” na comunidade do Varre-Vento, onde morei, sinto saudades e nunca mais voltei, pomada Minâncora, que cheguei a usar no rosto na década de 80, quando participava em programas de TV, convidado para debates, só para esconder o suor do rosto, Nescau, que escrevi crônica e o tomei por mais de 30 anos sem parar. Uma máquina de Escrever Remington, que existia na Redação do Jornal do Comércio e outras maravilhas que o tempo esqueceu, mas a internet me força a lembrar! Em A NOTÍCIA, todas as máquinas eram da marca Olivetti, línea 98! Em uma delas, escrevi a crônica MINHA AMANTE!, aos 23 anos e até hoje, atual porque cumpriu sua função de transcender o tempo!
Retornei ao passado e recordei que, como jornaleiro, caminhava pelas ruas de paralelepípedos de Manaus. Quando parava na banca do chamado “Canto do Quintela”, na esquinas das Avenidas 7 de setembro com Joaquim Nabuco, lia tudo o que o jornalista Plínio Valério, escrevia em suaves crônicas no o Caderno VIDA, de A CRÍTICA, encarte que só circulava aos domingos, do qual fora Editor Geral. Depois entrou em política, se elegeu vereador, virou suplente de deputado federal, assumiu e voltou a ser vereador na Câmara Municipal de Manaus. O caderno editado pelo jornalista, sempre publicava belíssimas fotos em preto e branco. Ficava deslumbrado com esse novo universo e desejei conhecê-lo. Se raramente o Caderno Vida, não viesse encartado, os exemplares do jornal A CRÍTICA tinha fraca venda. Anos mais tarde, na década de 80, como jornalista, trabalhei ao lado de Plínio Valério em um programa de debates políticos, “Câmera Aberta”, criado pelo publicitário Heron Rizatto, que também o produzia.
A TV fora criada e dirigida por vários anos pelo empresário José Airton Pinheiro e sua esposa Leonor Pinheiro, hoje falecidos (atualmente é Rede Calderaro de Comunicação).
Recordo que no dia em que Umberto Calderaro Filho se apresentou como o novo dono da TV, houve uma festa com muita bebida. Todos beberam juntos, inclusive eu que era chegado a um wiski com gelo. O Programa entraria no ar uma hora da manhã e o produtor Heron Rizatto bebeu nada produziu para esse dia.”1,2,3, no AR” era a senha para a entrada do programa “Camera Aberta”. Todos com miniâncora no rosto para esconder o suor do rosto. Na década de 80 não havia maquiagem como hoje. O publicitário Heron Rizatto, também um dos apresentadores abriu o programa com voz embriagada e disse: “Como hoje não tivemos tempo de preparar nada para o programa, vamos ficar conversando”. O programa foi retirado do ar e nunca mais voltou!
Como comentarista de notícias na mesma TV, o jornalista Plínio Valério, decidiu gravar um comentário para o jornal de sábado, do qual era repórter. No meio da gravação, errou e soltou um palavrão. Pediu ao produtor do jornal Gilberto Piranha para cortar e editar sem o palavrão. Contudo, não se sabe por qual razão, foi ao ar exatamente o palavrão dito pelo jornalista, sem qualquer edição. O jornalista Plínio Valério, deixou de comentar as matérias do jornal. O que aconteceu, não sei! Mas o irmão do Plínio, Dissica Valério Thomaz, diretor do jornal A CRÍTICA, foi designado na transição do comando para ser diretor da TV Baré, retransmissora do SBT em Manaus. Como os repórteres tiveram que passar a usar gravata e não tinha como comprá-la, recebi uma vermelha, de croché das mãos do Dissica Valério Thomaz, como presente pelo profissionalismo que exercia na emissora!. Da emissora, sinto saudades do auxiliar de câmera ou cabo main, Pedro Augusto, o “Pedro Bala”, o excelente cinegrafista Mário César Dantas, com os quais trabalhava diretamente e outros que o tempo me fez esquecer! Pedro Bala por quê? Brincava que ele era tão rápido para ligar os pesados e difíceis equipamentos que se usava na época, que ao fazer os caracteres, Gilberto Piranha, perguntou qual era o nome do Pedro. Eu, sentado em um sofá assistindo ao jornal, respondi põe “Pedro Bala”. O Pedro estava na mesma sala e ao ver os caracteres subindo com os créditos, gritou, “Pedro Bala?Meu nome é Pedro Augusto”. Tive que explicar para ele que seria seu nome artístico, que ele nem sabia o que era. Continua trabalhando na mesma emissora e continua sendo conhecido como Pedro “Bala”.
Ah, tempos bons! Hoje dia 8/10/, o advogado Índio do Brasil D´Urso Jacob, me enviou por whatsapp um vídeo que me emocionou mais ainda porque vi os produtos que usei na minha adolescência de menino pobre, mas criado com princípios de honra, estudando no Grupo Escolar Adalberto Vale, depois no Colégio Dorval Porto, em seguida no Colégio Estadual e concluindo magistério de 2o no Instituto de Educação do Amazonas. E sempre trabalhando para me sustentar!
Ah, lembranças que não me deixam...!