Num rio transparente, que corra sempre para o mar.
 
Estamos atentos, esperando o julgamento das ações impetradas pela oposição contra o governo. Depois de muita protelação, parece que chegou o momento do desfecho, do tão almejado veredicto.
Perguntamo-nos: Onde vamos navegar? Por que a oposição interrompeu o diálogo politico e recorreu à justiça? Será que não aceitaram o resultado das urnas ou querem o terceiro turno como alardeia a base aliada do governo?
Sejamos justos. Pois, como de praxe, a oposição congratulou a presidente pela sua reeleição. Somente depois, de ter se constatado um possível estelionato eleitoral, e de ter se percebido que o discurso proferido pela presidente durante a campanha era uma verdadeira fraude, foi que o diálogo entre governo e oposição se exauriu. E, desde então, os discursos de ambos se endureceram, congelaram.
Porém a oposição não titubeou. Diante do arrocho efetuado na economia após as eleições, das denúncias de propinas na campanha da presidente, e desnudamento de uma assustadora crise camuflada por pedaladas, a oposição, indubitavelmente, requereu à justiça a responsabilização da presidente.
E nós? Estamos no meio de uma guerra verbal. Que afeta os nossos sentimentos de esperança, paixão e justiça. Ora, sentimos como se estivéssemos assistindo a uma partida de futebol, em que o juiz é aviltado pela torcida do time que está perdendo. Ora, como se assistíssemos a uma peça teatral, onde os atores disputam o poder, mas na trama não consta nada que nos represente.
Enfim, onde vamos navegar? Queremos o desfecho, temos esperança de que a justiça fará justiça. Que nossos representantes nos representarão. Pois, queremos navegar num rio transparente, que vença obstáculos e corra sempre para o mar.
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 06/10/2015
Reeditado em 09/10/2015
Código do texto: T5406851
Classificação de conteúdo: seguro