Os efeitos da honestidade

Os efeitos da honestidade

Carlos era um menino disciplinado, esforçado, tinha decorado quase todas as legislações e estava se preparando para uma prova de um concurso federal. Cumpriu com todos os passos necessários para a aprovação: dormia bem, boa alimentação, revisava os conteúdos, fazia exercícios, pagou um cursinho, comprava materiais da internet para complementar seus estudos, fazia mapas mentais, processo mnemônico, PNL. No dia da prova, ele se alimentou conforme a dieta para um honorável “concurseiro”- Desfecho da história- Carlos conquistou o primeiro lugar. Família feliz e um orgulho para família; e o novo concursado, com o sorriso no rosto. Foi nomeado, tomou posse e entrou em exercício. No primeiro dia de trabalho, ninguém deu boas-vindas e depois de 2 horas em pleno exercício, a vontade que tinha era de vomitar na cara dos presentes; presenciou um situação constrangedora no trabalho, seu superior hierárquico tinha cometido uma irregularidade e ainda pediu para Carlos praticar um ato que conforme a lei era ilegal. O menino ficou apavorado, lembrou da legislação específica (regimento interno), do código de ética do servidor e da lei geral dos servidores públicos federais que constava os deveres, proibições e penalidades que aquele ato que estava sendo obrigado a praticar, era ilícito. Prontamente Carlos afirma:

- Desculpa chefe, este seu ato é ilegal, eu não sou obrigado a obedecer as suas ordens nesta ocasião. E posso denunciá-lo. E vais sofrer as devidas consequências! Sou o primeiro lugar desse concurso!

- Como é garoto? o que você disse? Sabe quem eu sou? Seu Diretor! O governador me colocou aqui!

- Mas no código de ética número 1.171, no artigo...

- Cale sua boca, e vais responder por isso!

Foi realizado um processo de disciplinar contra Carlos. Insubordinação é falta grave! Mesmo com o direito a ampla de defesa e contraditório, ninguém tinha coragem de defendê-lo, todos eram a favor de Dimítrio (chefe de Carlos), pois ele deixava os servidores chegar tarde no trabalho, sair cedo, assinar o ponto às 8:00 e ir embora às 8:30. O atendimento público era feito esporadicamente e o que interessava era a eficiência, eficácia e efetividade no pagamento do Governo no começo do mês aos funcionários. A fofoca imperava, "o puxa saquismo" mais ainda. O pobre coitado foi julgado e exonerado.

Desviamtti