Maldito QI
Não me refiro aqui ao QI=Quociente de Inteligência, mas ao QI=Quem Indica.
Originário de classe humilde, o que conquistei na vida deveu-se aos meus próprios esforços, sem ter de bater continência a terceiros, que porventura tivessem me indicado a esse ou aquele emprego. Cheguei lá através de concurso público, na época um dos mais concorridos em todo o país. Uma forma de exercer a minha função, de cabeça erguida, seguindo o estatuo da empresa e não pela cabeça do patrão.
Tristemente, vejo agora, em manchete numa revista de circulação nacional “Ela Passou a Faixa”, referindo-se ao seu antecessor e padrinho político. Se tivesse chegado lá por mérito próprio não estaria se curvando a quem a indicou. Acredito que não deve ser fácil administrar utilizando a cabeça alheia.
Em maior ou menor significância, todos aqueles que estiveram no comando de um barco, exerceram a função de administrador. É dele a responsabilidade por traçar seu rumo, em calmaria ou tempestade. Levei meu barco a um porto seguro, ouvindo a voz da minha consciência e do meu próprio aprendizado. Acho que fui um bom timoneiro, exatamente por não ser telecomandado. Usei o QI literalmente e não em sentido figurado.