S o z i n h o

É muito difícil hoje a pessoa ser independente. Quase todo mundo tem a sua turma, a sua patota, a sua tribo. E isso leva qualquer pessoa a enxergar e encarar as coisas do ponto de vista e do modo coletivo, ou seja, de certa forma aderindo ao comportamento manada. Aderir a uma dieta, um modismo, uma decisão "grupal", um dogma do "centralismo democrático". E nos assuntos políticosmalha-se o lado contrário radicalmente e perdoa-se adoidado qualquer desvio ou malfeito de correligionários.

Ora, isso é uma visão pontual, parcial e, sejamos francos, imoral: o comando diz, ordinário, marche!, e todos marcham sem discutir.

Sou meio contracorrente, empata-samba, dissidente, prefiro até ficar me equilibrqando num fio de navalha, correr riscos e perigo de ser pichado pelo grupo a, b, c e o escambal, perder inclusive amizades do que abrir mão de minha opinião. Tenho as minhas ideias, ideologia, preferências politicas, mas não concordo nem com malfeito e nem com decisão vindo de cima. Não quero ser melhor do que ninguém, nem me meter a palmatória do mundo. Pelo contrário sou um homem com varias fraquezas, falhas e erro paca. Não sou ninguem, apenas um velho doente, liso, chato, sem títulos, diplomas, sem nada, mas não negocio minha opinião. Prefiro ficar sozinho, é melhor do que mal-acompanhado. Destesto manada, nem show com muita gente eu vou, sou um homem do tempo do ronca. Mas não baixo a cabeça. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/10/2015
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