GABRIELINHA...*

Certamente, os nossos prezados leitores (as) estão curiosos com o título de nossa Reflexão do Cotidiano de hoje, induz que iremos escrever algumas palavras sobre uma menina, pois este nome no diminutivo a isto sugere...

Aos poucos iremos “elucidar” o porquê deste título, na realidade nada tem haver com um nome de uma criança; o cotidiano muitas vezes nos faz recuar no tempo, pois não deixam de serem experiências de vidas, embora sendo real, o tempo vai apagando as lembranças, e, quando muito ficam restritas a alguns familiares...

Nos inícios dos anos 40, a ligação entre Curitiba e São Paulo, demorava mais de 12 horas de viagem, rodovia não era asfaltada, apesar destes desconfortos, onde a rodovia passasse incentivavam vários tipos de comercio, como era o caso deste pequeno município de nossa região metropolitana, * e o hotel se beneficiava destes constantes viajantes; trabalhou um bom tempo ali, pois o proprietário era seu avô...

O tempo, independente de nossa vontade, passa com ele* não poderia ser diferente; já amadurecia dentro si, a vontade de abrir seu próprio negocio, isto se concretizou num armazém de “secos e molhados”, denominação dos armazéns que procuravam vender de tudo. O tempo foi passando, formou sua família, a esposa professora dedicada, mas sempre que podia também o ajudava...

Os filhos foram surgindo, três meninos e uma menina, esta seguiu os passos da mãe e hoje ainda exerce o magistério, * os filhos não optaram pelo comércio, seguiram outros caminhos. Mais de cinco décadas, se passaram, com o peso da idade, finalmente o antigo armazém fecha suas portas; foi quando a amiga da esposa, a presenteou com algumas caixas de linha para coser, Gabrielinha, que faziam parte do “acervo” do estabelecimento comercial a muito fechado.

Ele já foi, bem como a esposa; com certeza o vendedor, que periodicamente visitava o estabelecimento, também, e certamente a indústria que se localizava em Paraguaçú-Minas Gerais, não existe mais, ficando somente nas lembranças de alguns...

*JFP de saudosa memória.

*DP sua filha.

*A antiga rodovia que ligava Curitiba a São Paulo, foi construída nos primeiros anos de 1920; e passava pela cidade Bocaiúva do Sul.

A nova rodovia foi feita o governo JK, inaugurada nos primeiros meses de 1961, cuja viagem demora em média seis horas... Após cumprir o nosso período do serviço militar, no Rio de Janeiro, (1960), regressamos pela antiga rodovia, cuja viagem demorou “apenas” 13 horas, no trecho São Paulo Curitiba. Reflexões do Cotidiano, Curitiba, 02 de outubro de 2015 - http://mensagensdiversificadas.zip.net

Em tempo: Hoje é dia 03 de outubro de 1804, nascia em Lião, França, Hippolyte Léon Denizard Rivail, (Allan Kardec) o “descortinador” do mundo “invisível”, que sutilmente se “interage” com o nosso plano de “matéria” mais densa.

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 03/10/2015
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