OCASO DOS SISTEMAS DITATORIAIS...

As imagens chocantes correram o mundo, para dar provas do fim de um regime ditatorial, que durara mais de quatro décadas; com a execução de seu líder, sem julgamento num ato de extrema barbárie, em que os fins justificariam os meios pelos anos de repreensão e das incontáveis vítimas que se opunham ao regime...

É bem provável, que os fatos ocorridos na Líbia, poderão servir de “alerta”, a outras ditaduras, que a qualquer custo querem se manter no poder; cerceando a liberdade de expressão, da imprensa, falada e escrita, pois este se constitui em valioso caminho de “dispertamento” de consciências; em que a liberdade é um dos dons mais preciosos outorgados pelo Criador, aos seus filhos, nas conquistas individuais e coletivas, no aprimoramento moral e intelectual, visando uma sociedade mais justa e com menos privilégios e discriminações, pois a princípio todos são iguais perante as leis, com direitos e deveres.

O aprimoramento da democracia, na escolha livre de seus mandatários, se constitui num processo de permanente aperfeiçoamento das leis e, como conseqüência em melhorias de seus cidadãos. É evidente que o próprio sistema em si, tem falhas e carece constantemente de mecanismo de aprimoramentos. Alguns dos representantes, não incorporaram em seus atos, os mais rudimentares princípios da ética e não agregaram dentro de si o sentimento de Religiosidade: O que é bom para mim, pode ser estendido ao meu próximo? Ou este procedimento está criando a mim privilégios?

E, em função disto, se noticia, os que entram na política para tirar vantagens pessoais, em todos os meios justificam os fins, desde que sirva para aumentar seu transitório patrimônio...

Vivem descompromissados com o “amanhã”, ainda não despertaram no âmago de seu ser; hoje semeamos livremente, mas iremos colher os frutos que plantamos. Se, isto não ocorrer nesta atual existência, refletirá, em nossa próxima estadia terrena...

Se assim não o fosse, onde estaria a Magnânima Justiça Divina?

Este discernimento, certamente irá refletir na cautela de nossos atos; ação e reação, estes são os invioláveis princípios, das leis morais, que estão “gravadas”, no âmago de cada um, mas que podem estar “adormecidos”; porém, hoje ou amanhã, aflorarão, pois isto faz parte da longa “esteira evolutiva”, que estamos todos subordinados...

Os sistemas políticos serão aprimorados, em que o “ter”, dará lugar ao “ser”, em que os legisladores, estarão na condição de “servidor”, em que os interesses materiais, farão parte de um “estágio”, do egoísmo pessoal que foram totalmente superados...

Encerramos nossas modestas Reflexões do Cotidiano de hoje; mencionando o Capítulo VIII, de O Livro dos Espíritos, que muito embora já completou 154 anos de sua primeira edição, nem por isto deixa de ser atual, nos enfoques, abordando as questões existências.

Na pergunta 785 - (Kardec inquiriu: ) Qual é o maior obstáculo ao progresso?

E a resposta foi à seguinte: - O orgulho e o egoísmo. Quero falar do progresso moral, porque o progresso intelectual caminha sempre e, à primeira vista, parece dar a esses vícios um redobramento de atividade, desenvolvendo a ambição e o amor das riquezas que, a seu turno, excitam o homem às procuras que esclarecem seu Espírito. É assim que tudo se tem no mundo moral como no físico e que do mal pode surgir o bem. Mas esse estado de coisas é breve e mudará, à medida que o homem compreende melhor que há, fora dos prazeres dos bens terrenos, uma felicidade infinitamente maior e infinitamente durável. (Vede Egoísmo, capítulo XII).

Pedimos a complacência de nossos prezados leitores, para transcrever na íntegra, o adendo lúcido do Codificar; tornando, podemos assim dizer, mais compreensiva a resposta da entidade espiritual.

“ Há duas espécies de progresso que se prestam mútuo apoio e que, todavia, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro recebe, neste século, todos os incentivos desejáveis e, por isso, atingiu um grau desconhecido até nossos dias. Falta ao segundo para que esteja no mesmo nível, todavia, se se compara os costumes sociais aos de alguns séculos atrás, seria preciso ser cego para negar o Progresso. Por que, pois, a marcha ascendente se deteria antes pelo moral que pela inteligência? Por que nisso não haveria entre o século dezenove e o vigésimo quarto século igual diferença que entre o décimo quarto e décimo nono? Duvidar seria pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que é desmentido pela experiência.”

Curitiba, 21 de outubro de 2.011- Reflexões do Cotidiano- Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 02/10/2015
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