Agonia da terra...

Cedo ainda e o sol desperta sorrindo,

Seu hálito é tão quente que traz a sensação de estar doente...

O calor que emana provem da devastação,

Castiga sem pena ao que resta de vegetação...

O rio de águas doce que preguiçosamente descia,

Agora agoniza em mero filete...

Lá, nos montes,

Um rastro saliente,

O fogo que avança faminto,

Consumindo...

O cerrado, coitado...

Lugar onde, animais desesperados,

Sem saída,

Sem guarida,

Jazem acuados...

O que será da nascente?

Recolhe- se temente,

Hiberna no fundo da terra,

Eterna será a espera,

Que a terra renasça...

Pobre mãe terra!

Já não chora,

Urra,

Grita!

Abre-se em feridas,

Numa agonia infinita,

Levando em seu sentir,

Milhares de vidas...

Enormes serão as marés,

Jorra o sangue da mãe terra,

Lambe, devasta e encerra...

Tristeza,

Lamento,

Em revolta desperta o vento,

Percebe a situação,

Tornado,

Furacão...

Gira, rodopia,

Condoído com o sofrimento da terra,

Batalhas sem fim,

Tentam extirpar da terra o homem que a consome...

Para que assim,

A natureza cuide dela em fim...

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 01/10/2015
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