Dilema do Véio

Sou um sujeito antissocial por natureza. Um desleixado, malvestido, alguém que não cuida de jeito nenhum da aparência, que só anda de bermuda, camisa de meia e calçando uma sandália havaiana, tabém chamada por aqui de japonesa. Juro.

Estou tocando nesse assunto para falar da sandália havaiana ou japonesa. Usava uma há quase três anos, na época custou, salvo engano, onze reais (ou teria sido doze?), preta, da mais barata. Dizia a propaganda há muito tempo que ela não soltava as tiras. Verdade? Quase. Digo quase porque essa última, a pretinha, rompeu uma das tiras da do pé direito, deu o créu quando eu atravessa a rua, quase meio-dia, ia para o supermercado num sol quente de lascar o cano, aconteceu no asfalto antes de chegar na calçada, saí pulando num pé só sem poder. Vheguei numa sombra e aí fiquei num dilema: voltar para o apartamento ou ir para o supermercado e lá adquirir outro para de sandálias? Como todo véio complicado matutei bastante, ainda pensei em telefonar pedindo que alguém me trouxesse o chinelo velho, mas aí me lembrei que não havia ninguém no apartamento, a esposa fora a casa de uma das nossas filhas. Conclui que a distancia entre o apartamento ou o supermercado era quase a mesma. Fui para o supermercado, o pé direito assando ao tocar a calçada, não aguentei ir pulando. Chegando lá algumas pessoas rindo por eu estar com um pé só de sandália, fui az pratleira das sandálias, para azar meu não havia o número 43 e 44, só o 41 e 42, comprei, mesmo ficando pequeno para meus pés, mas era uma eventualidade. Fiz as compras e voltei para ao apartamento, onde passei creme ´Nívia (na sola do pé direito que estava meia queimada) e fui me estirar na cama.

Do episódio ficou uma certeza, quando a sandália completar dois anos é bom providenciar outra para não passar esse vexame, mas jamais vou deixar de usar sandália havaiana ou japonesa. A indpustria devia me pagar um cachê pela propaganda. Inté.