Mirando coisas do céu
Plantei-me no jardim e, durante horas, fiquei olhando a lua que nunca tinha visto: grande, alaranjada, bela, como para uma noite de gala, vestida como noiva ou "lua dos namorados". Admirando-a, imaginei a perigosa aproximação do planeta distante e avermelhado Marte. Daí concebi fantasias com coisas do céu. Confesso; duas coisas me atiram a um mundo misterioso: a imensidão do céu e as profundezas do mar...
Num pé de serra de Goiás, Iveraldo Lucena e Iracema me mostraram uma comunidade chamada “Terra”, bem diferente das dos “pés de serra” daqui. Havia casas chiques, esotéricas; nelas, camponeses instruídos, falando outras línguas, de mãos finas, mesmo plantando o próprio sustento; era aqui e o estrangeiro ao mesmo tempo... Os pais davam aula aos filhos, evitando as crianças irem às escolas da longe Pirenópolis. Gringos professores, pesquisadores; uns ourives, outros lapidadores, que levavam pedras em prata ou em ouro à Brasília ou à Pirenópolis. O mais curioso foi visto, entre montes, em terra plana: Enorme círculo, arredondado pelo verde da vegetação. Contaram-me aqueles colonos que ali descera uma espaçonave cheia de luz, como um prato quente, teria queimado a “Terra”; e, naquela mancha, nunca mais havia nascido vida. Em silêncio, desejei, para matar curiosidade que me persegue, naves descidas do céu...
Na noite de lua mais do que cheia, sozinho no jardim, veio-me o perigoso desejo do planeta vermelho aproximar-se da Terra, com marcianos , cor rósea e tudo. Dia seguinte, os jornais desfizeram o sonho de ver vida em outros planetas; mesmo noticiando água em Marte, lembraram-me que, somente depois de 33 anos, veria, de novo, a lua avermelhada. Resignado, conscientizei-me de que, talvez, já não verei mais a "Terra", a Lua rósea, tampouco naves de outras galáxias...
Plantei-me no jardim e, durante horas, fiquei olhando a lua que nunca tinha visto: grande, alaranjada, bela, como para uma noite de gala, vestida como noiva ou "lua dos namorados". Admirando-a, imaginei a perigosa aproximação do planeta distante e avermelhado Marte. Daí concebi fantasias com coisas do céu. Confesso; duas coisas me atiram a um mundo misterioso: a imensidão do céu e as profundezas do mar...
Num pé de serra de Goiás, Iveraldo Lucena e Iracema me mostraram uma comunidade chamada “Terra”, bem diferente das dos “pés de serra” daqui. Havia casas chiques, esotéricas; nelas, camponeses instruídos, falando outras línguas, de mãos finas, mesmo plantando o próprio sustento; era aqui e o estrangeiro ao mesmo tempo... Os pais davam aula aos filhos, evitando as crianças irem às escolas da longe Pirenópolis. Gringos professores, pesquisadores; uns ourives, outros lapidadores, que levavam pedras em prata ou em ouro à Brasília ou à Pirenópolis. O mais curioso foi visto, entre montes, em terra plana: Enorme círculo, arredondado pelo verde da vegetação. Contaram-me aqueles colonos que ali descera uma espaçonave cheia de luz, como um prato quente, teria queimado a “Terra”; e, naquela mancha, nunca mais havia nascido vida. Em silêncio, desejei, para matar curiosidade que me persegue, naves descidas do céu...
Na noite de lua mais do que cheia, sozinho no jardim, veio-me o perigoso desejo do planeta vermelho aproximar-se da Terra, com marcianos , cor rósea e tudo. Dia seguinte, os jornais desfizeram o sonho de ver vida em outros planetas; mesmo noticiando água em Marte, lembraram-me que, somente depois de 33 anos, veria, de novo, a lua avermelhada. Resignado, conscientizei-me de que, talvez, já não verei mais a "Terra", a Lua rósea, tampouco naves de outras galáxias...