Crônicas de um maconheiro - Dos universos paralelos
Em um universo paralelo, eu adormeci esta manhã. Logo depois da música acabar. Como sons que vão se esvaindo no vazio. Há de ventar, linda composição de Bruno Morais, foi ecoando dentro do meu cérebro até me acalmar os demônios e me por em coma. Sim, eu dormi como se houvesse entrado em coma. Horas transformadas em anos. Foi como escrever um novo caminho até o futuro. Os dias eram histórias para contar quando ficássemos velhos. Normalmente coisas banais que o avô conta ao neto porque já não lembra, ou já não sabe mais o que é interessante de verdade para essa nova geração. Mas dessa vez, simplesmente por razão de escolha, não dormi. Ao contrário, vi a noite virar dia e o sol raiar lentamente, iluminando o pinheiro da minha janela. "Bom dia."
Os pássaros não sentem mais sono. E agora eu ja sabia o que seria: Simplesmente assim. Eu escolhi, tudo era realidade.