LEMBRANÇAS DE UMA RUA... (Reminiscências.)

O local que moramos é comumente denominado de rua, avenida e poucos tem o privilégio de morar numa alameda, que é arborizada em ambos os lados...

Independentes de suas denominações passam por processos “evolutivos”, o caminho primitivo, quase sempre teve esta seqüência: anti-pó, o asfalto definitivo; neste meio tempo chegou à luz, a água encanada, telefone, e por último o saneamento, que infelizmente neste imenso Brasil, muitos moradores continuam não tendo acesso...

Moramos nesta rua há quatro décadas, presenciamos a tudo, exceto a luz elétrica que já sido instalada, aqui chegamos aos anos 72, porém, a venda dos lotes começou nos primeiros anos da década de 50; e os pagamentos eram facilitados em 100 prestações fixas...

Na quadra que moramos, a quase totalidade das residências foram modificadas, ou reconstruídas, os nossos primeiros vizinhos, já passaram desta para outra vida; exceto uma moradora pioneira, que apesar de sua avançada idade e com limitações de saúde, permanece presente...

As crianças da época, cumprindo o ciclo natural da vida, se tornaram adultas; - com exceção de um menino, filho da senhora mencionada acima, tinha mais o menos a idade de nossa filha mais velha, repentinamente foi acometido de uma doença irreversível, que acabou ocasionando o seu prematuro desenlace, isto a todos chocou, mas há o consolo que certamente não foi um sofrimento em vão, cuja razão quase sempre nos é vedado saber de suas reais causas... - seguiram os caminhos em outros locais; isto, porém, não se constitui em regra geral; neste meio tempo alguns regressaram a casa paterna, por vários motivos, e aproveitam o espaço do terreno, para construírem suas próprias casas. Numa prova evidente que os lares bem estruturados podem se constituir em “refúgio”, aos que se foram, e resolveram “voltar” ao aconchego do antigo lar, em que os pais conscientes sempre estão dispostos a recebê-los...

O que mencionamos de modo bem sucinto, foi motivo de uma séria pesquisa de uma professora de nossa cidade; escreveu dois livros intitulados “Almas das Ruas”, é um meticuloso trabalho de pesquisa, cada nome de rua há uma pequena biografia do homenageado, o que não deixa ter um real valor, pois se preserva a memória de nossa história; ao se valorizar o passado, damos importância ao presente...

Em tempo: parabenizamos o confrade Orson Petter Carrara, pela sua palestra ontem no CEPEC, abordando o tema: O Dever.

Curitiba, 16 de setembro de 2.012-Reflexões do Cotidiano-Reminiscências. - Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 29/09/2015
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