SOB O CALOR DA PRIMAVERA
SOB O CALOR DA PRIMAVERA
BETO MACHADO
Em tempos não muito remotos a palavra PRIMAVERA levava os interlocutores a se remeterem à presença das flores. Hoje, com a global mudança climática, a PRIMAVERA representa a chegada do calor. E esse calor, muitas vezes, em vários pontos do nosso estado, já se fez notado no inverno recém passado. E que calor!!! As altas temperaturas no Rio de Janeiro quebram recordes todos os anos sistematicamente, como se o clima nos estivesse ensinando a evoluir ou passar a usar hábitos característicos de outras estações.
2015 vem se tornando o ano das mudanças, tanto no âmbito individual quanto coletivo; tanto regional quanto nacional, pra não dizer global. A marolinha brasileira tornou-se um “tisunami”. Não deu tempo nem para acionar os dispositivos de alerta e de prevenção. Estamos todos ao sabor da força das águas revoltas. Nós e a economia do país. Quem poderia distribuir bóias para a população resistir às ondas, até que baixe a maré e surja, novamente, o verde da vegetação e da esperança vem dando mais atenção à possibilidade de conquistar o poder ou manter-se nele do que tomar decisões objetivas e efetivas.
Enquanto o burburinho político e econômico ferve no caldeirão dos Três Poderes, nós, pobres mortais, estamos fervendo em plena PRIMAVERA. O que será de nós quando chegar o VERÃO? O que será do Sistema Elétrico? O que será do Sistema de Abastecimento Hídrico do nosso estado? Quem puder nos responder essas questões que o faça. E faça o que puder e o que lhe for de competência e atribuição para que os brasileiros possam ter o prazer de, novamente, chamar alguém de ESTADISTA.
Com a esperança de suportar por muito tempo o aumento da temperatura, e, com a maior brevidade possível, ver surgir um administrador público com visão de futuro e com vontade política de fazer obras de uso perene, assim como tomadas de decisões normativas visando garantir ao povo o protagonismo na DEMOCRACIA, aguardo atento.