Afronta ao bom senso

Eu sempre fui contra a ditadura, radicalmente. Mas uma medida de Castelo Branco achei corretíssima: ele acabou com os salários de todos os vereadores das câmaras do interior. E o mundo não se acabou, pelo contrário, foi o período que as câmaras produziram mais. Juro.

Mas houve tanta choradeira, da Arena que revogaram, depois de quatro anos a medida. Um absurdo. Continuei achando um absurdo o salário pago aos vereadores. Mas o que eu ignorava era o custo altíssimo das câmaras, em cidades de 50, 60 e 70 mil habiotantes, principalmente. Um amigo meu, um sujeirto que entende de finanças e estatística, fera nesses assuntos e muito sério, depois de muita pesquisa conseguiu calcular o custo das câmaras em cidades desse porte. Ele considerou a média das cidades da nossa região no interior de Pernambuco, cidades com, pasmem, 15 vereadores, ganhando um salário mensal de dez mil reais (só salário, for as eventuais diárias), mais o salário dos dois assessores que nomeiam, cada um ganhando no mpinimo um mil e quinhentos reais, mas pessoal fixo da câmara, mais dspesasd de manutenção, gasolina eleas possuem carros), material de expediente, luz, água,, lanches e o escambal e as despesas extras. O custo anual dessas câmaras, segundo ele, é de mais de três milhões de reais, uma afronta ao bom sendo.

Vejam bem, na rica Suécia vereador é considerado trabalho voluntário, não ha assessores, nem estrutura nenhuma. E a Suécia é um país rico, diferente do interior do nordeste que é pobre de jó.

Fica difícil defender mais verbas para os municípios que gastam tanto com as câmaras, quando poderia, volando a decisão de Castelo Branco, gastar esses recursos em infraestrutura, saneamento básico e pequenas obras nas periferias e zona rural. Tem mais, enquanto o vreador recebe um salário de marajá para os padrões locais, dez mil reais (fora ss eventuaios diárias e outros penduricalhos), para frequentar quatro sessões de duas horas por mês, "trabalharf" oito horas mensalmente, uma professora trabalha de verdade mais de 80 horas por mês e ganha mil reais, o vereador ganha dez vezes mais que ela, enquanto ela trabalha dez vezes mais que ele. Volto a dizer: isso é uma afrinta ao bom senso.

Na Suecia não tem disso não. É preciso se começar a denunciar esse absurdo. Acho que se faz necessário movimentos de rua nessas cidades, um vereador não devia ganhar salário, e se ganhasse que fosse os mil reais que ganha as professoras. E priu.