UM NOVO AMANHECER
Ysolda Cabral
Nas últimas setenta e duas horas vivi os melhores e piores sentimentos que um ser humano pode viver. Até o medo da morte eu teria sentido se tivesse tido tempo. Logo na sexta-feira, quase fui arrastada por um coletivo, por falta de atenção e responsabilidade do motorista que, deu partida no veículo e fechou a porta, comigo ainda no interior do ônibus. Felizmente os passageiros gritaram e aqui estou, ainda com dores nas pernas e nos braços, pelo esforço de me segurar, e andar com o veículo alguns poucos metros, é verdade, mas estou aqui! E foi assim que começou o final de semana que jamais esquecerei.
Não sei se pelo episódio do ônibus, ou se pelo eclipse lunar, mas o fato é que me sinto diferente daquela que fui até a última 5ª. Feira. Se não morri arrastada pelo ônibus, como tantos já morreram, é porque eu precisava ficar mais um tempo por aqui, para aproveitá-lo de maneira diferente, porém sem mais sonhar sonhos de juventude. O tempo passou e ele me pesa. Se não pesasse eu não teria corrido o risco que corri de maneira tão estúpida, numa sexta-feira que nem treze era; o motorista estaria ligado em mim.
Mas, graça a Deus, lá fora, um novo dia, segunda-feira, começa a clarear, às 04:30h, e já escuto o canto dos pássaros, que continuo achar lindo, tão lindo e puro quanto um novo amanhecer. Só não é mais lindo e mais puro, que a alma da minha filha Yauanna, - na tela artística, de efeitos virtuais, assinada por ela, - em homenagem a Primavera, ilustrando e valorizando esta crônica, do meu novo amanhecer, onde a consciência de que, acompanhar '' O Andar do Tempo'' é impossível.
- Bom dia!
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Praia de Candeias-PE
Em 28/09/2015
Encerrando Setembro/2015
Apenas Ysolda
Para escutar a música de fundo, acesse:
http://www.ysoldacabral.prosaeverso.net
Em 28/09/2015
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