Calheiros e a cartilha de Martinha Suplicy - 3ª parte
Não satisfeito em sofrer sozinho toda a via crucis, por seguir estritamente a cartilha de catecismo da Ministra-Sexóloga, eis que o Rei do Gado, em sua inconteste habilidade política, resolveu abrir o repertório de chantagens e de podres no Senado.
Calheiros não podia ficar sozinho em suas maquinações e traquinagens.
Afeito ao poder, com a sua vocação governista, ele queria que seus amiguinhos, da situação ou da oposição, ficassem ao seu lado.
Os "pecadores" começaram a aparecer. Um por um.
Por opção ou ironia do destino, ele escolheu os "pecadores" da "puríssima" e "moralista" Democratas.
Dentre os seus "amigos", um deles, Demóstenes Torres (DEM-GO), usaria, segundo o alagoano, de seu prestígio para utilizar-se da verba do Senado para ir ao Conselho da ONU em Nova Iorque, junto com a sua amante-assessora.
Pudera - pobre Demóstenes - afugentar qualquer suspeita, defendendo-se por meio de um ataque desqualificador, colocando o nível das ameaças e chantagens do Presidente do Senado como "tática de jagunço", já ultrapassado.
Por outro lado, ele jurou que a assessora nada mais era que... uma assessora, sem qualquer vínculo que fosse, senão o profissional.
Parecia, enfim, que o senador goiano se encontrava em um confissório.
Enquanto um admitiu em público que "relaxou e gozou" com a jornalista, o outro relutou, a todo o custo, para não ser visto como mais um pecador na seara dos altos dignatários do país.
A relatoria, sem ninguém que dispusesse a assumir os ônus e bonus da caricata paródia política, sobrou ao guerreiro pai do Supla que, diferente da sua ex-mulher, sequer relaxou e gozou.
Pelo contrário... haja floral de Bach para Suplicy agüentar as devassas por parte de senadores, repórteres, comentaristas e cronistas, nessa árdua tarefa patriótica e, por vezes, nem sempre grata.
Por fim, o cômico "causo" da política brasileira, entre declarações românticas da jornalista Mônica Veloso - que disse ter amado muito o Rei do Gado - e inúmeros boatos de teor bem íntimo, teria um desfecho nada melhor que a declaração da vítima conformada pelo seu destino e desígnio.
Uma "Hillary" tupiniquim fechou a pérola da semana, com o dizer insofismável de quem quer ser, simplesmente, amada:
- Não sei como meu marido caiu nessa... Homem é mesmo muito besta!