Mantra para Afastar Incompetências
No comércio de Barbacena e suas lojas... Foi assim que passando avistei aquela bermuda amarela creme, quase bege se não fosse a alegria que a cor me proporciona: luz.
Quem não sabe que eu gosto de amarelo. Pois é, gosto! Mandei pintar as paredes e portas de amarelo, pendurei cortinas amarelas, na cama colcha amarela... E teria pintado o guarda-roupa de amarelo se não fosse o pintor que recusou:
- Senhor, é sucupira, madeira de lei... Não se pinta! Passa-se cera ou óleo de madeira.
- Louco! Exclamou meu irmão fazendo coro ao profissional.
Bem... Voltemos à bermuda amarela para não esticar e afinar.
A bermuda amarela me chamou. Estava logo no mostruário da porta. Olhei para ela e nem queria saber o preço. Era só para contemplar a amaranta bermuda mesmo.
Apareceu a vendedora e foi enumerando adjetivos para a calça curta. Foi também mostrando outras cores. Eu retrucando:
- Não. Eu gosto é de amarelo e esta tonalidade me chamou a atenção: alegre e discreta ao mesmo tempo.
- Mas tem a vermelha, a azul...
- Eu gostei foi deste amarelo!
Quando dei por mim ela tinha me levado para o fundo da loja. E eu havia comprado a bermuda, cueca “slip”, samba-canção, perfume e carteira. Não! Não sou consumista. A vendedora é que é excelente e distinta de outros profissionais de outras lojas que parecem ter medo de freguês.
Quando dei pela conta já se somava... Bem, deixe para lá. Eu estava contente e a vendedora sorridente.
No dia seguinte me lembrei de que eu havia visto em uma sapataria uma sapatilha de couro que fora moda nos anos 80. Fui lá para ver se tinha o meu número.
A única vendedora estava limpando a vitrine e limpando ficou. O proprietário, depois é que eu o percebi, estava parado parecendo uma velha peça de museu em exposição e parado ficou.
A vendedora com mau humor e a custos doloridos começou a dialogar sobre a numeração e preço do produto. Quase tive que forçá-la para obter informações. Para ela interromper a faxina que estava fazendo e ir buscar a sapatilha para eu experimentar quase tive que implorar, torturar ou plantar bananeira.
Com custo foi. Com má vontade ela me vendeu. No final ela me perguntou:
- Quer dividir em duas parcelas no cartão?
- Não! Em débito mesmo! Respondi.
E fiz troça:
- À vista é com desconto de quanto por cento?
E aí ela começou a reclamar que não podia dar descontos. A loja não estava vendendo. Que o comércio estava de mal a pior. Que não vendia nada. E para finalizar ela rematou:
- É culpa deste governo!
Como são as coisas! Ela é incompetente, má atendente, preguiçosa, não sabe cativar e não quer vender... E o culpado é o governo do país!
E a outra que me atendeu bem, me deixou feliz e me vendeu além do que eu nem queria comprar? O que diria?
- É culpa deste governo!
É o mantra atual dos incompetentes que nem sabem se avaliarem e aprimorarem.
“É culpa da Dilma!” Reza o mantra da incompetência de cada um.
Curto e grosso!
No comércio de Barbacena e suas lojas... Foi assim que passando avistei aquela bermuda amarela creme, quase bege se não fosse a alegria que a cor me proporciona: luz.
Quem não sabe que eu gosto de amarelo. Pois é, gosto! Mandei pintar as paredes e portas de amarelo, pendurei cortinas amarelas, na cama colcha amarela... E teria pintado o guarda-roupa de amarelo se não fosse o pintor que recusou:
- Senhor, é sucupira, madeira de lei... Não se pinta! Passa-se cera ou óleo de madeira.
- Louco! Exclamou meu irmão fazendo coro ao profissional.
Bem... Voltemos à bermuda amarela para não esticar e afinar.
A bermuda amarela me chamou. Estava logo no mostruário da porta. Olhei para ela e nem queria saber o preço. Era só para contemplar a amaranta bermuda mesmo.
Apareceu a vendedora e foi enumerando adjetivos para a calça curta. Foi também mostrando outras cores. Eu retrucando:
- Não. Eu gosto é de amarelo e esta tonalidade me chamou a atenção: alegre e discreta ao mesmo tempo.
- Mas tem a vermelha, a azul...
- Eu gostei foi deste amarelo!
Quando dei por mim ela tinha me levado para o fundo da loja. E eu havia comprado a bermuda, cueca “slip”, samba-canção, perfume e carteira. Não! Não sou consumista. A vendedora é que é excelente e distinta de outros profissionais de outras lojas que parecem ter medo de freguês.
Quando dei pela conta já se somava... Bem, deixe para lá. Eu estava contente e a vendedora sorridente.
No dia seguinte me lembrei de que eu havia visto em uma sapataria uma sapatilha de couro que fora moda nos anos 80. Fui lá para ver se tinha o meu número.
A única vendedora estava limpando a vitrine e limpando ficou. O proprietário, depois é que eu o percebi, estava parado parecendo uma velha peça de museu em exposição e parado ficou.
A vendedora com mau humor e a custos doloridos começou a dialogar sobre a numeração e preço do produto. Quase tive que forçá-la para obter informações. Para ela interromper a faxina que estava fazendo e ir buscar a sapatilha para eu experimentar quase tive que implorar, torturar ou plantar bananeira.
Com custo foi. Com má vontade ela me vendeu. No final ela me perguntou:
- Quer dividir em duas parcelas no cartão?
- Não! Em débito mesmo! Respondi.
E fiz troça:
- À vista é com desconto de quanto por cento?
E aí ela começou a reclamar que não podia dar descontos. A loja não estava vendendo. Que o comércio estava de mal a pior. Que não vendia nada. E para finalizar ela rematou:
- É culpa deste governo!
Como são as coisas! Ela é incompetente, má atendente, preguiçosa, não sabe cativar e não quer vender... E o culpado é o governo do país!
E a outra que me atendeu bem, me deixou feliz e me vendeu além do que eu nem queria comprar? O que diria?
- É culpa deste governo!
É o mantra atual dos incompetentes que nem sabem se avaliarem e aprimorarem.
“É culpa da Dilma!” Reza o mantra da incompetência de cada um.
Curto e grosso!
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 25/09/2015
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