RECORDAR É VIVER - EDI SALOMON
NOSSA HISTÓRIA, NOSSA IDENTIDADE
Publicação: Jornal A Gazeta - 22 e 23 de agosto de 2015.
Neste registro fotográfico feito na década de 1950 podemos ver a realização de uma procissão no dia de Corpus Cristi. No momento do clique, a procissão estava descendo a Rua Visconde de Taunay, hoje, Calçadão, e passava em frente à então bonita residência do pai do Walter Bráglia, e que também foi residência dos pais do nosso amigo
Maurélio Machado, seu Aurélio e dona Anete Machado. 
Nesse bonito prédio, exatamente a porta à direita dava acesso ao Bar do Vino Grossl, que depois seria o Bar do Tico Cubas, e mais tarde Bar do meu irmão, Sabino (Anita) Salomon. Durante muitos anos, ali também foi agência do "Expresso São Bento", que na época era de propriedade da família do meu amigo Donato Palmieri. 
Até a década dos anos 50, como podemos ver pela imagem, era tradição, em todas as procissões realizadas, que a comunidade preparasse e enfeitasse pequenos e bonitos altares em frente às casas, nas portas e janelas. Em algumas casas, eram feitos altares maiores, que se tornavam paradas obrigatórias e onde eram feitas as orações. Já os altares menores, o Padre os abençoava e a procissão seguia adiante. 
Nas ruas eram feitos buracos com uma alavanca e ali eram colocadas árvores de todos os tipos para enfeitar as ruas por onde a procissão passava. Esse gesto praticado pela comunidade demonstrava o respeito que todos tinham pelo dia de Corpus Cristi. 
Na noite que antecedia a procissão, pelas ruas onde a ela passaria no dia seguinte, os moradores preparavam bandeirolas, que eram amarradas nas casas e cruzavam as ruas dando um colorido todo especial a essa celebração. Nessas procissões, além de quase toda comunidade participar, sempre havia a participação especial da Congregação Mariana e das filhas de Maria. 
Na fileira em frente ao bonito prédio, podemos ver minhas Irmãs Cecília Salomon Romão e Elga Kiem Radol, que também é minha madrinha.