DEUS, TEMPO, O HOMEM E A VIDA!

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“As dores deixadas no corpo, pela incompreensão, falta de amor e ódio, o tempo as cicatrizará; no coração, na alma e na esperança, talvez...nunca, totalmente!” (poema DOR E O TEMPO, de Carlos Costa)

De Deus que não vejo, mas sinto-o mantendo-me vivo e presente em minha vida, gosto porque o sei verdadeiro e único, embora tenha deixado ensinamentos e não criado religiões! As religiões foram criadas e divididas pelo homem, em várias épocas da história. Hoje, está tudo fragmentado, dividido e disputado.

Excetuando de Deus, não gosto de nada que não possa ver, principalmente do tempo que aprisiona a todos. Como não sei como é, nem as grades que usa para aprisionar as pessoas, não gosto dele. Apenas aceito que o tempo é responsável por envelhecer-me um pouco mais a cada dia e modifica a todos, traçando destinos para o bem ou para mal. Não gosto dessa coisa chamada tempo: ele porque também me transformou em um escravo e prisioneiro dele, através dos horários de remédios que tenho que tomar todos os dias! Também porque os horários que prometem cumprir para mim, quase nunca são cumpridos em sua totalidade.

O tempo está passando rápido para todos, mais rápido para mim, porque há 11 anos vivo infectado por bactérias hospitalares. Meu tempo é somente o hoje. O ontem já passou e o amanhã não sei se o verei. Ao completar 265 dias e 6 horas, o tempo se renova. Somo o velho e chega um novo, que vai envelhecendo aos poucos e, como se fosse em um passo de mágica, tudo se renova mais uma vez, um indo embora e outro novo surgindo, renovando a esperança de novos dias. Mas, por circunstâncias misteriosas, tudo permanece igual: o que era esperança vai se perdendo e tudo volta a ser como fora o ano que envelheceu e foi embora. Infantil e bobo, fazia buraco na rede em que dormia só para ver o “ano novo”, chegando à meia-noite, mas nunca o vi, só ouvia os foguetes estourando, festejando sua chegada e o barulho. Também não nego que muitas vezes acordei para saudá-lo também, mas nunca o vi. Por isso, não gosto do tempo que só me faz mais velho. Sinto no corpo e percebo minha fragilidade!

Não seria ótimo se a mudança que se dá no tempo, se desse também na vida humana?:Já pensou como poderia ser ótimo se a cada ano ou no fim de cada 10 anos a vida se renovasse pelo menos um? Dessa forma, estaríamos sempre jovens em corpos velhos ou seriam velhos em corpos jovens? Não sei! Uma coisa acredito que criado errado: a vida deveria começar aos 90 anos, casar aos 60 e morrer ao zero ano, com se fosse um bebê! Assim, teríamos alguém para cuidar de nossa criança-velhice! Não, acho que não seria! Temos que aceitar as coisas de Deus como elas são! Mas não me conformo!

Muitos falaram e escreveram sobre o tempo. Cazuza cantava que “o tempo não para”, Caetano Veloso cantou também que o tempo “não para e nunca envelhece”. Outros também já falaram, cantaram e escreveram sobre o tampo. O tempo do meu relógio de pulso parou acordou parado às 4, quando já eram 6 horas. Despertei com o meu celular, avisando-me que era tempo de tomar dois remédios. Sou escravo do tempo do celular que me cobra e dos remédios que tenho que tomar, na hora certa.

Ah, não sei que isso seria bom ou ruim minha ideia que contraria à criação de Deus!

Talvez a vida tenha que seguir seu rumo como estar!

Enquanto o tempo ocorre da forma natural, continuamos todos prisioneiros de um tempo que é invisível. Não o vejo o tempo e não gosto dele, mas o sinto caminhando ao meu lado, sempre mais rápido do que meus passos lentos podem acompanhá-lo e me tornando a cada dia mais frágil, mais debilitado, mais sujeitos a novas doenças, enfim.

Do que não vejo, só gosto de Deus porque sei que Ele existe e me mantém vivo!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 25/09/2015
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