O Primeiro Amor

É comum numa rioda de papo , onde fala de tudo, falar sobre o amor. Ninguém escapa desse tema. É impossível não tomar parte nesse item, ele é obrigatório.

Pois bem, nessa parte da pauta do papo, sempre se fala do primeiro amor. E sempre foi a primeira namorada, uma garota vizinha, uma conhecida da família, uma colega de escola, uma priminha e vai por aí. Um amigo meu sempre repete que seu primeiro alumbramento amoroso, paea lembrar o alumbramento de Bandeira, foi uma mocinha que dançava no arame de um circo. Há confissões incríveis, inclusive a dos mentirosos incuráveis que contam historinhas mirabolantes sempre sobre garotas incríveis que teriam namorado. Mas até essas mentiras cabeludas fazem parte do folclore do primeiro amor.

Bom, mas o que quase ninguém comenta, não sei por quê, é que o primeiro amor de um garoto, não raro, foi sempre uma das suas professoras. Qual o garoto de nossa geração que não se arriou os quatro pneus por uma das suas professoras, sem que ela soubesse ou sonhasse, lógico. Quantos castelos de areia não se construiu em torno dessa fantasia? Quantas fantasia, às vezes proibidas, não foram vividas na base do chamado vício solitário, pensando nas coxas da professora fulana? E quantos ciúmes anão foram curtidos quando o apaixonado mirim via a pseudo amada no chamego com seu noivo ou namorado? E as garotas, meninas moças, quantas delas não se apaixonaram por um dos seus professores? Quantas dessas hoje coras respeitáveis, até vovós, não foram doidas pro um professor? Quantas páginas de diários não foram ocupadas em relatos impossíveis e fantasias com esses professores? O danado é que alguns casos foram tornados públicos, o que decididamente, causou um certo frisson e quase escândalo, abafado,claro.

Não raro penso com os meus botões: quanto não devemos às nossas professoras? Não apenas em termos de ensino e dedicação, mas no que diz respeito ao que recebemos de carinho, atenção, gestos de ternura, compreensão e, claro, amor. Só que o amor platônica era só de nossa parte, uma fantasia de garoto, mas deliciosa, principalmente quando uma certa professora vinha dar aula com aquela saia justa. São recordações que permanecem nas nossas mentes e corações, e recordando-as às vezes marejamos os olhos.

Na verdade, hermanos, ninguém esquece as suas perofessoras e professores (no caso das minhas carass coroas). Faz parte do show do primeiro amor. Jamais esqueceerei de uma que quando vinha de saia justa eu e outro ficávamos doidões. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/09/2015
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