Amigo que o abraça por cheiro de dinheiro, não vale um tostão!
Não é assim?
Seu Honório Bondoso da Silva, homem culto, hospitaleiro, boa praça, braço aberto, etc., eram seus atributos naturais como veio ao mundo.
Não é raro?
Caro leitor. Há de concordar comigo que gente assim se conta nos dedos.
Nos tempos de bonança e fartura, era Honório daqui e dali.
Comer? Na casa do Honório!
Abrigo? Com seu Honório!
Conselho? Honório dá!
Dinheiro? Honório doava!
E assim, esse homem passou a vida sem dizer um não a ninguém!
Mas, como tudo na vida, vez ou outra, da marcha ré, Honório, coitado, de tanto acudir um desgraçado aqui e acolá.....ficou a míngua.
Paradeiro: Asilo dos Amigos! Olhem o nome, não é irônico?
O resto dessa via do Pretório até o Calvário todos já sabem: - Nem uma alma penada passava para ver o agora pobre Honório. E aqueles amigos de fé...sumiram como os urubus batendo asas pra outras bandas!
De tudo, sobraram alguns tostões que, ao menos, pagaram a passagem de seu Honório dessa para melhor.