F a n t a s i a

Todos nós temos as nossas fantasias. Fantasiamos paca. É um direito humano inalienável. Fazemos de conta, sonhamos, colocamos as mais diversas fantasias. Enganamos com prazer a nós próprios. Sim,é ridículo.Sabemos que é apenas fantasia,sonho, quimera, ilusão, mas sonhamos. Construimos nossos moinhos de vento, castelos de areia, oásis no deserto e o escambal de estripulias demarré-deci. Até voar em tapetes mágicos nos viajamos pelos cés da imaginação.

É claro que a fantasia é sempre rasgada pela tesoura implacável da realidade, os castelos de areia são varridos pelo vento insensível e s sonhos, às vezes,viram pesadelos devido a realidade em preto e branco.

Quando a ficha cai ficamos curados? Não, apenas ficamos tristes e bate uma espécie de depré, ficamos quase no volume morto. Que fazer? Ora, emplacar novos sonhos, novas fantasias. Fantasiar e sonhar ainda não foram taxados pelo pacote do ajuste econômico, não é pecado e também não arranca tampo.

É preciso apenas organizar o cronograma dos sonhos, das fantasias, das quimeras. É transformá-los numa espécie de hobbie, num momento de lazer.

Brincadeiras à parte, mas sonhar é bom demais. Faz bem ao ego, massageia-o. De vez em quando, juro, viajo para Passárgada onde sou amigo do rei... De fantasia só não gosto de usar máscara. Sonhar é preciso, ser realista triste não é preciso. Inté.