Classificação de sujeitos
Dias desses vieram me falar de alguém que falou mal de mim. Na verdade, vieram alguns “alguéns”.... Geralmente dizem que disseram ou que simplesmente ficaram sabendo de algo. Às vezes, a conversa é entreouvida por aí e pode até ter sido mal-interpretada. Outras, o sujeito indeterminado, na verdade, foram dois sujeitos simples, que resolveram se tornar compostos, por não terem nada melhor do que fazer a não ser falar de um terceiro. O engraçado é que um dos sujeitos simples, simplíssimos, resolve te contar o que falaram, omitindo obviamente que ele mesmo fazia parte do núcleo do sujeito. Aí, ele tenta se tornar um sujeito oculto. Todavia, como todo sujeito oculto, a gente logo consegue verificar pela desinência quem é que está ali.
Recentemente, li nas redes sociais algo que sempre fico tentada a perguntar quando um desses sujeitos vêm me contar coisas do gênero: Não me conte o que falaram de mim, conte-me porque eles estavam tão confortáveis em dizer isso na sua frente. Parafraseando a mensagem das redes, eu penso: Não me conte os predicativos do objeto, apenas diga-me como o outro sujeito se sentiu tão à vontade para falar mal desse objeto (no caso, eu) para o sujeito que me conta tudo - é, esse aí mesmo que fica tentando se tornar oculto quando conta a fofoca. Afinal, você não vai falar mal de outrem se não houver abertura do outro para se fazer a tal da fofoca (in)determinada.
Se tem uma coisa de que não gosto é desse tal de disse-me-disse. Acho coisa de mentes vazias, desocupadas ou simplesmente maldosas mesmo. A maledicência invariavelmente vem atrás de um sujeito indeterminado, embora ele seja, na verdade, simples, simplíssimo. Tão simplório que não apresenta nada de importante em sua vida. É assim mesmo, pois como já lemos por aí, pessoas sábias e brilhantes falam sobre ideias; as medíocres falam sobre coisas. Pessoas pequenas e “simples” demais precisam falar sobre outras pessoas. Precisam falar sobre pessoas para se sentirem alguém. Fazem isso nas sombras, como sujeitos ocultos que se escondem nas farsas e mentiras, ou até mesmo nos pontos aumentados dos contos. Precisam do outro para se autoafirmarem – como parasitas, alimentam-se do sangue; como urubus, alimentam-se das carniças: erros, fraquezas, falhas e sufoco dos outros.
Sujeitos assim são tristes. Infelizes. Para mim, sujeitos inexistentes.
Tenho aprendido a ir direto ao núcleo do sujeito. Talvez seja só para alertar as mentes vazias para o óbvio: quem fofoca com você vai fofocar de você. Afinal, sujeitos compostos não são apenas você e ele. Se eu deixar vira ele e eu, só para ficar em um exemplo. E, pode ter certeza, os sujeitos ocultos e indeterminados podem virar-se contra você quando tentam falar dos predicativos do objeto de sua conversa confidencial com ele. Talvez seja por isso que eu pergunte, confronte, analise e classifique. Prefiro passar pela chateação de toda uma análise sintática da situação – na maioria das vezes, em conversas nada sintéticas – a viver na amargura da dúvida, na sombra da incerteza, na escuridão que um sujeito indeterminado pode provocar.
Depois convido-o a passar para o campo das ideias. Aí, sim. Elas me fazem sentir um pouco mais gente, como acho todo esse tipo de sujeito deveria ser antes de tudo.
Imagem disponível em:
http://catequesecristacatolica.blogspot.com.br/2015/04/fofoca-e-inveja-atentam-contra-unidade.html
Dias desses vieram me falar de alguém que falou mal de mim. Na verdade, vieram alguns “alguéns”.... Geralmente dizem que disseram ou que simplesmente ficaram sabendo de algo. Às vezes, a conversa é entreouvida por aí e pode até ter sido mal-interpretada. Outras, o sujeito indeterminado, na verdade, foram dois sujeitos simples, que resolveram se tornar compostos, por não terem nada melhor do que fazer a não ser falar de um terceiro. O engraçado é que um dos sujeitos simples, simplíssimos, resolve te contar o que falaram, omitindo obviamente que ele mesmo fazia parte do núcleo do sujeito. Aí, ele tenta se tornar um sujeito oculto. Todavia, como todo sujeito oculto, a gente logo consegue verificar pela desinência quem é que está ali.
Recentemente, li nas redes sociais algo que sempre fico tentada a perguntar quando um desses sujeitos vêm me contar coisas do gênero: Não me conte o que falaram de mim, conte-me porque eles estavam tão confortáveis em dizer isso na sua frente. Parafraseando a mensagem das redes, eu penso: Não me conte os predicativos do objeto, apenas diga-me como o outro sujeito se sentiu tão à vontade para falar mal desse objeto (no caso, eu) para o sujeito que me conta tudo - é, esse aí mesmo que fica tentando se tornar oculto quando conta a fofoca. Afinal, você não vai falar mal de outrem se não houver abertura do outro para se fazer a tal da fofoca (in)determinada.
Se tem uma coisa de que não gosto é desse tal de disse-me-disse. Acho coisa de mentes vazias, desocupadas ou simplesmente maldosas mesmo. A maledicência invariavelmente vem atrás de um sujeito indeterminado, embora ele seja, na verdade, simples, simplíssimo. Tão simplório que não apresenta nada de importante em sua vida. É assim mesmo, pois como já lemos por aí, pessoas sábias e brilhantes falam sobre ideias; as medíocres falam sobre coisas. Pessoas pequenas e “simples” demais precisam falar sobre outras pessoas. Precisam falar sobre pessoas para se sentirem alguém. Fazem isso nas sombras, como sujeitos ocultos que se escondem nas farsas e mentiras, ou até mesmo nos pontos aumentados dos contos. Precisam do outro para se autoafirmarem – como parasitas, alimentam-se do sangue; como urubus, alimentam-se das carniças: erros, fraquezas, falhas e sufoco dos outros.
Sujeitos assim são tristes. Infelizes. Para mim, sujeitos inexistentes.
Tenho aprendido a ir direto ao núcleo do sujeito. Talvez seja só para alertar as mentes vazias para o óbvio: quem fofoca com você vai fofocar de você. Afinal, sujeitos compostos não são apenas você e ele. Se eu deixar vira ele e eu, só para ficar em um exemplo. E, pode ter certeza, os sujeitos ocultos e indeterminados podem virar-se contra você quando tentam falar dos predicativos do objeto de sua conversa confidencial com ele. Talvez seja por isso que eu pergunte, confronte, analise e classifique. Prefiro passar pela chateação de toda uma análise sintática da situação – na maioria das vezes, em conversas nada sintéticas – a viver na amargura da dúvida, na sombra da incerteza, na escuridão que um sujeito indeterminado pode provocar.
Depois convido-o a passar para o campo das ideias. Aí, sim. Elas me fazem sentir um pouco mais gente, como acho todo esse tipo de sujeito deveria ser antes de tudo.
Imagem disponível em:
http://catequesecristacatolica.blogspot.com.br/2015/04/fofoca-e-inveja-atentam-contra-unidade.html