Um olhar para o outro
Desde o berço, aprendemos que somos dependentes do amor que nos é dado pelas pessoas que nos rodeiam. Aprendemos a ser com os outros. Pais e educadores têm a sublime missão de despertar o respeito de cada um a si próprio e ao outro, assim como a solidariedade, por meio do exemplo e da palavra amiga.
Estar aberto para saber o que se passa com outra pessoa é uma maneira de ficar disponível para ajudá-la. Isso é ter amor, é ter empatia, é ter respeito, é ser capaz de se identificar com o que ela sente em situações difíceis, que provocam emoções fortes.
Hoje, a empatia é rara. Estamos muito mais propensos a fazer julgamentos severos sobre as pessoas do que a compreendê-las. Olhamos muito mais para nós mesmos do que para os outros. No entanto, mesmo que seja difícil sair do individualismo, abrir uma conexão com o outro é compensador.
As relações sociais melhoram muito com o desenvolvimento da empatia, que nada mais é que que o amor. Pode ser chamada de caridade, amor que auxilia; de simpatia, amor que sorri; de trabalho, amor que constrói; de fraternidade, amor que se expande; de religião, amor que busca a Deus.
A realidade em que estamos vivendo tem apontado, frequentemente, para a necessidade da razão, que é o amor que pondera; do estudo, que é o amor que analisa; da benevolência, que é o amor que perdoa; do ideal, que é o amor que eleva. A humanidade começa nos que nos rodeiam.
Se cada um olhar para o outro, torna-se fácil evitar a apatia, que desgoverna tudo, fugir do orgulho, que leva ao egoísmo e, acima de tudo, alimentar a esperança, que permite o sonho. Somente assim é possível ter força para se fazer amado, com a certeza de que o outro é nosso amparo, nossa força, nossa oportunidade, nossa âncora.