Desconexo
O sofrimento permeava com alegria e sem dó da moléstia mental que consumia a alma desvairada daquele ébrio que nem se lembrara de que pudera ser.
Os devaneios lhes davam uma verdade paralela e que era espelho da sua condição existencial.
Castigado pelo assolo que jubilava sem disfarce, tentava sem sucesso, apoio vil, por contentamento inconsciente da sua certeza.
Tendo como destino o horizonte, pois renegara sem remorso seu mundo rodeado de desprazeres e repulsa que por sua condição repeliam com imã qualquer menção da mão.
E talvez pela abnegação (exceto pela companhia da satisfação inebriante que lhe toma em estase), admite ser o seu melhor.
É fixado (por ele) na linha da sua vida, negação a qualquer direito são, que lhe daria apoio para que seus olhos pudessem tatear dias azuis.
E em pleno pseudo raciocínio sagaz mergulhava nas dúvidas das suas verdades com pensamentos lógicos em direção a luz que poderia despir-lhe as vestes da ignorância existencial.
As gotas da sobriedade singular que insistia marejar o coração da sua essência, de forma lenta faziam brotar a consciência dos teus desejos.
É nesse despojo insignificante em que a verdade se mostra como a espreita oportuna da salvação definitiva que resgata sem imparcialidade, o desejo mútuo.
O desejo de ser resgatado das trevas da margem da consciência e da má atitude social.
E por outro lado o desejo de restaurar a plenitude do gozo vital descente.
E era só um ser caído ali em baixo da marquise da ignorância e da subversividade com sua ebriedade de comportamentos e atitudes confusas.
O qual se dá pelo resgate da sobriedade da decência moral.
Valdir Meira