A EQUAÇÃO DO AMOR (X + Y = ?)

Quando estamos solteiros 50% de nossos planos é em deixar de ser...

Não digo em todos os casos já que às vezes estamos meio que fechados para balanço ou o nosso coração ainda pertence a alguém.

Mas me refiro a solteiros de verdade, livres, em busca de um relacionamento, seja ele de uma noite, uma semana ou até que a morte nos separe.

Quando estamos nesse estado de espírito saímos à caça... queremos conhecer gente! Vamos em boates, barzinhos, museus e todo o resto de lugar mais badaladinho que dê potencial a gente bonita e interessante.

Um lugar também cheio de oportunidades sem sair de casa é a Internet, um drivi thru da melhor espécie. Foi assim que conheci “Y”.

Eu já conhecia Y há um tempo, nos falávamos diariamente, mas eu sempre mantinha uma distância entre eu (X) e Y.

Mas num dia como outro qualquer, notei que daquele tecla tecla poderia nascer algo a mais, e que de preferência não mantivesse uma tela de diferença um do outro.

Minha primeira atitude foi pedir o telefone de Y que me passou imediatamente, mostrando o alto interesse em X.

Perguntei se podia ligar, se a hora era boa, e Y confirmou se animando. Depois de cumprir as formalidades, fui para a ação, disquei do meu celular para o número de Y, que depois de três toques atendeu.

Nesse momento um solteiro sabe que tudo pode acontecer, por isso prestamos atenção em todos os detalhes.

Fui recebido com um “alô” casual... As palavras brotavam de minha boca, já bem descontraído e nada tímido. Mas fui interrompido por um certeiro “Quem está falando?”.

A porta acabava de bater enfrente ao meu nariz e eu ainda podia ouvir o estalo de minha cara rachando. Como assim quem é? Y recebia muitas ligações às 2 horas da manhã?

Resolvi não me abalar e prosseguir com a conversa, dando o melhor de mim, como sempre.

Eu estava calmo, tranqüilo, seguro, engraçado e descontraído. Mas recebia um Y totalmente diferente do que eu imaginava, ou desejava.

A conversa não durou muito, principalmente quando Y disse que não queria que eu gastasse muito com a conta do celular. Já mostrava que se preocupava com problemas que nem de Y era.

Após desligar o telefone cheguei à conclusão que o resultado daquela fração era de que X mais Y era igual a zero (X + Y = 0)

Não conseguia parar de pensar naquilo que definia um grande encontro (ou seria reencontro???) ... aquela sensação de encaixe perfeito, sabe?

Enquanto pensava nisso notava que existiam vários nomes para essa sensação, muitos chamam de química, clima ou quando os santos batem, ou simplesmente ZA ZA ZU...

A culpa não era minha, muito menos de Y, nós provavelmente tínhamos dado o melhor, mais a grande verdade é que não tinha rolado aquela equação. E viver uma vida sem o Za ZA Zu não era nem uma hipótese!

A química vem antes do amor, da paixão, acho que ela se definiria como uma leve brisa, que bate no rosto antes de um poderoso furacão. E sem aquela brisa, como poderíamos ter a certeza que o furacão chegaria?

Por isso resolvi seguir meus instintos e continuar minha jornada em busca do grande reencontro. Porque um dia ele vai chegar, com direito a Za Za Zu, clima, química e com todos os Santos batendo!