Saudade não Mata

Recentemente encontrei em uma dessas escadarias da vida um jovem, um daqueles que merece elogios enaltecedores. Recebi a oportunidade de impressioná-lo e fiz isso com uma única pergunta muito mais que desengonçada, não cabia a mim fazê-la, mas meu coração quis mostrar sua masculinidade (risos), confesso que a cada dia que se passava ele me surpreendia cada vez mais; isso tudo se tornou meu vício, era a fama do momento, meus sentidos só falavam na mesma direção, entretanto o mancebo sumiu e eu toda concentrada naquela ficção esqueci de pedir o número do telefone, agora só resta a saudade dos seus olhos negros cercando meus lábios medrosos, restou-me a lembrança de um abraço verdadeiramente sublime, acho que faltou maturidade na balança do amor, porém Saudade não mata e choro não engorda, meu “macho” coração é testemunha de que não se morre de recordações boas, pois convivo com elas diariamente.

“Quando eu cair, mesmo que sob outros céus, meus últimos pensamentos serão seus.”

17.07.15

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 12/09/2015
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T5379668
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