A NOITE CAI E A VIDA CONTINUA
A NOITE CAI E A VIDA CONTINUA
A noite cai silenciosa, aves prevendo a escuridão noturna buscam os seus refúgios, enquanto aves noturnas fazem o seu balé tradicional. As estrelas despontam no belo firmamento cintilam sem parar, a lua começa a mostrar seu beleza singular. De quarto crescente a lua cheia a majestade lunar não modifica a sua simplicidade, mesmo ao receber o calor do sol que irá visita r outras plagas.
Assim é a vida no orbe em que vivemos, dias, tardes e noites fazem a psicosfera deslumbrante para uns e triste para outros. A onomatopeia começa a mostrar a eco da reprodução de sons e ruídos naturais. Nesse clima procuro formar palavras, frases com objetivo de tentar imitar o barulho de um som, quando são pronunciadas.
As palavras novas nos ensinam muitas coisas e quando inventamos algumas criamos neologismos, figuras de linguagem que pode ser um fenômeno social, ajudando-nos a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras escritas, uma revista em quadrinhos que no significado final não passa de uma onomatopeia.
A noite tem uma singeleza, pois a luz solar deixa-nos por algumas horas e, lâmpadas coloridas, incandescentes, painéis luminosos se unem aos faróis dos automóveis e o zurzir das buzinas apressadas castiga os nossos ouvidos sensíveis. Os seresteiros, os boêmios, as casas de shows, as boates dão o seu baile magistral.
Muitos procuram o litoral para se deliciar com as belezas do mar e namorar, outros se deliciam com o lual, brincam na areia branca da praia e nas festas de Santo Antonio, São João e São Pedro dançam e bebem ao redor de uma bela fogueira por toda a noite.
Enquanto alguns se alegram tomando a sua bebida preferida outros se deliciam com flores e frutas como parte da preparação da festa. O tilintar dos fogos de artifícios fazem a alegria da festa, pois o cenário se transforma num belo espetáculo. Violão, violas, bandolins entre outros formam a orquestra onomatopeica.
Todos esses aspectos mostram a beleza da vida e os sabores que ela proporciona. O comportamento hominal é um grande imprevisto, pois enquanto uns procuram a alegria sadia, outros procuram lugares fétidos para satisfazer a vontade de se inserir nas drogas cruéis e desumanas.
Todos nós temos o direito e o dever de brincar ordeiramente e não abusar de nada.
A vida matéria está repleta de prazeres bons e ruins e cabe aos seres hominais escolherem o melhor para eles. Nesse teatro de operações não podemos esquecer aqueles que vivem sem destino e esperanças, sem alegrias e bonanças, acoplando anseios sacrossantos. Sem sapatos de pés calejados, rosto suado, maltrapilho, deifica o pensamento que roga. No calor das metrópoles, na desilusão da vida sem rumante afetivo e carinhoso, só espanto.
Ruas escuras e cheias de lixo contrastam com outras belas, limpas, iluminadas e repletas de prédios altos e luxuriosos. Espero o menino, o morador de rua um destino caído do céu, para minorar as agruras do frio sem toga. A miséria, e a fome são dolorosas e maltratam. Se existe na face da terra o positivo e o negativo, o bem e o mal com certeza existe também a riqueza e a pobreza, a comida farta e a fome que se associa a miséria para destruir homens, idosos e crianças esquecidos da sociedade egoísta e cruel.
Destino infeliz para uma criança cheia de esperanças, de um homem vontadoso, mas sem emprego, atordoados pela fome e o cansaço. Refém sem defesa do tempo, da rua, dos incrédulos, dos maliciosos que o julgam mal. Na fraqueza e a inoperância dos governos brotam os seres sem defesas, sem esperanças de uma vida melhor entregues ao desalento e ao desamparo social. O que fazer? Uma boa pergunta para uma sincera resposta.
Enquanto homens poderosos ligados à política, a politicagem esbanjam riquezas e ainda se metem em escândalos financeiros, pois querem sempre mais. A corrupção, o Propinoduto, o mensalão e o petrolão tem levado a população a custear impostos imbecis e sugares fazendo com que a inflação cresça a passos largos.
Aqueles que faziam festa como citamos no início enfrentam hoje o maior arrocho salarial. Refém da situação dolorosa, do destino ingrato sonha com uma vida mais serena e sem embaraços. Como sofrem os desamparados, os estropiados, os abandonados e os meninos de rua. Onde estão as escolas, os hospitais e a segurança pública? Ninguém sabe ninguém viu.
Na canga, na destinação que a vida lhe proporciona pensa em silêncio num ser caridoso e cordial sem charrua. Onde estão os trabalhadores da última hora? Jesus afirmou: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico se salvar”. Ajude seu irmão necessitado e sai de fininho dessa expressão dito pelo Cristo.
Que lhe subtraia do mal e some-o ao bem e o entregue a alguém de bom coração para tosar seus pensamentos maldosos. Os eméritos, os engalanadores propiciem diretrizes sem interstício para que tenha pelo menos minutos laboriosos. Esse também é o que todo o povo brasileiro almeja. PT (Para que tanto se a vida é curta). Com extasia no rosto seja outro ser pequenino, mas com destino certo e confortante.
Do destino insano, da companhia daninha se desfaça sem masmorras e sem mordaça, alcance à graça. De um dia integrar uma família, um lar, uma sociedade exemplar que proporcione educação para que haja retribuição expectante. Vamos trilhar o caminho da altivez, da regeneração, dos brios que enlevam o coração a uma louçã de bem-aventuranças sem pirraças. Esse clima de satisfação almejamos todos os dias. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA AC- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.